O Falcão e o Soldado Invernal (2021-) da Disney+

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Se você é um fã da Marvel, com certeza estava antenado(a) nas séries da Disney+. “Wandavision” nos tirou da zona de conforto com uma proposta totalmente diferente do que estamos acostumados. Já “O Falcão e o Soldado Invernal” volta com aquelas cenas de luta e pancadaria que têm de sobra nas produções de super-heróis. Mas será que foi só isso?

Sam Wilson (o maravilhoso Anthony Mackie) recebeu o escudo do Cap, seu bff no último filme. O peso do nome e do que Steve representava fez com que Sam doasse o escudo para o museu do herói. Como se não bastasse essa dor de cabeça, ele precisa lidar com a situação financeira crítica de sua família.

Do outro lado, temos Bucky (lindão do Sebastian Stan) que faz terapia, mas vai atrás da lista de pessoas que marcaram sua vida de alguma forma (vamos dizer assim). Tanto ele quanto Sam não tinham planos de se encontrar (até porque Bucky não quer conversa com ninguém), porém algo mudou tudo.

É claro que eles virariam uma dupla kkkk. O nome da série entrega tudo. O grande problema é que o que os une é o fato de haver um novo Capitão América. Sim, você não leu errado, caro(a) leitor(a). Alguém teve a ousadia de pegar o escudo e nomear um “substituto” para o Steve.

Como cenário de fundo, ainda há os apátridas, grupo que se formou durante o “blip” (tempo em que o povo era pó). Vistos como terroristas por alguns. Bem tenso.

Começo logo elogiando meu lindo Daniel Brühl que interpretou de novo Zemo (papel que fez em “Capitão América 3: Guerra Civil”). Finalmente entregaram o palco que esse homem merecia! Okay, tenho um crush nele desde “The Alienist” e em “O Falcão e o Soldado Invernal” não seria diferente, mostrando uma versão diferente do que você viu no primeiro filme (amém).

A série funcionou como um filme de 6 horas, segundo a própria diretora. Por isso, notamos bem o início, o meio e o fim. Sem muita enrolação no que é apresentado. Claro que, para uma série de ação, já era de se esperar que a produção da Disney+ fizesse um trabalho impecável. Não tinha um episódio de boas e, se você curte isso, vai amar.

A química entre Sam e Bucky é clara. Os dois são uns fofos e não sinto que eles foram jogados para ficarem juntos. Como parceiros, há tantas cenas incríveis e diálogos interessantes. A ideia parte do senso comum que seria Bucky ter inveja de Sam por ter ganho o escudo, mas a série foi muito além disso. Nem preciso dizer que esse bate e volta deles rendeu várias cenas engraçadas e até referência de Guerra Civil (aquela hora do carro kkkk).

Então, tudo foram rosas? Bem que eu queria, mas John Walker (Wyatt Russell), o tal novo Capitão América, foi um personagem que não comprei em algumas cenas. Os apátridas fizeram sentido do início ao fim, enquanto o Walker teve um surto que foi MUITO DO NADA. Me senti vendo aqueles suspenses intensos em que o cara esfaqueia o outro sem aquele desenvolvimento. O que está tudo bem, já que o roteiro deixou impossível de alguém gostar desse cara.

Outros personagens emblemáticos apareceram na série. Gostaria de dizê-los, mas, em vez disso, sugiro que corra para o Disney+ e maratone. “O Falcão e o Soldado Invernal” entregou ação com humor no jeitinho da Marvel, além de intensos debates sociais. Se você viu a carinha do John Walker, pode imaginar que existe um bom motivo do governo querer aquele “padrão de herói”.

É f*da e foi incrível toda a construção que o roteiro fez para desenvolver Sam nesse aspecto. Os debates, as ideologias, as falas nada camufladas de preconceito. Então, não. A série não é só porrada. É muito mais do que isso (eu só não posso falar o outro ponto-chave, porque seria spoiler, mas tem a ver com os apátridas).

Minha única certeza é que verei Sam e Bucky juntos outra vez. Preparados para o que vem por aí? Loki na área em Junho!

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