Talvez uma história de amor (2018)

Saudações, terráqueos! Hoje o cinema nacional invade o blog para mostrar que nossas produções também têm seu valor!

“Talvez uma história de amor” é uma produção do diretor e roteirista Rodrigo Bernado, todavia, não é o que chamamos de filme “brasileiro raiz”, pois parte de suas filmagens acontecem em New York,  uma parceria entre Warner Bros. e Chocolate Filmes. Além de ser baseado no livro homônimo de Martin Page.

O enredo conta a história de Virgílio (Mateus Solano), um homem pragmático, sério e que trabalha em uma empresa de publicidade. Após chegar em casa em um dia normal, ele ouve um recado na caixa eletrônica que o deixa perplexo: Clara está terminado o namoro por telefone.

Mas essa não é a parte trágica. A questão é: quem é Clara?!

Virgílio não faz ideia sobre quem é a mulher do outro lado da linha, muito menos de ter tido um relacionamento com ela. Afetado profundamente pelas palavras ouvidas, sua rotina, que antes era regrada, com horários bem definidos e organizados, agora é rompida bruscamente enquanto ele tenta achar respostas às suas perguntas.

 

Através de amigos, ex-namoradas e sua terapeuta, ele vai tentando encaixar as peças desse quebra-cabeças que ao menos consegue enxergar. Porém, além de descobrir quem é Clara e a causa do rompimento, Virgílio encontra mais sobre ele mesmo e a vida que vem levando desde então.

Poderíamos facilmente chamar essa película de clichê, pois, de fato, é. Contudo, há sempre um sentimento de melancolia por trás do contexto romântico. O personagem de Mateus Solano seria um típico “Sheldon”, faltando apenas uma interpretação mais realista das pessoas que possuem esse comportamento. Por isso, nada escapa de seu controle e, quando isso acontece, o deixa à beira de um ataque de nervos – Marcia (Totia Meireles), sua terapeuta que o diga.

Com o objetivo de buscar pistas, ele se vê em um labirinto de mulheres que fizeram parte de sua vida, entre elas: Fernanda (Nathalia Dill), Carolina (Jacqueline Sato), Melissa (Juliana Dione) e Denise (Flávia Gafarra) que também se envolvem nesse mistério. Além disso, uma nova vizinha, Katy (Bianca Comoarato) o ajuda nessa descoberta.

O filme é bem focado na personagem de Virgílio, deixando bem pouco espaço para os demais, todavia isso não chega a ser ruim, já que é justamente em seu “universo” que temos que ser inseridos para resolver o enigma. Eu, particularmente, não o classificaria como “comédia romântica” (como é), já que o humor quase não é presente. O ar de cinema francês também rodeia a história, já que o autor do livro é parisiense.

Bastante artístico, o clima vintage, que permeia o ambiente mesclando o antigo com o atual, contribui bastante na construção do enredo. As cenas finais concentram-se em NY, com participação da atriz Cynthia Nixon como Dono, uma mulher que trabalha em um museu e que faz parte de um trecho um tanto “romanticamente forçado” na minha opinião – na verdade, o final é bem apelativo, típico clichê mesmo.

Ao final, descobrimos quem é Clara (não citarei a atriz, pois acho que isso estragaria sua experiência) e, bem… O desfecho vocês já devem saber.

É uma produção muito interessante que explora bem a história, levando para um lado mais fantástico dos sentimentos e relações amorosas. Vale muito a pena assistir, se você gosta de histórias românticas com um fundo de mistério.

Caso já tenha assistido, o que achou? Se ainda não viu, ficou com vontade de ver? Deixe aqui nos comentários!

Nos vemos mais tarde!

Por Agnes Rufino.

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