The Witcher (2019-) da Netflix

Em 2007 era lançado no mercado de games um jogo que apresentava Geralt de Rívia, um homem conhecido pela fama de ser um mutante, bruxo, ou qualquer nome que remetesse sua capacidade fora do comum de enfrentar monstros.
O que muita gente pode não saber, na realidade, é que os jogos da franquia chamada de “The Witcher” tem como base um universo criado não só em torno do Geralt, mas de outros personagens espalhados por contos escritos e publicados desde 1980 pelo polonês Andrzej Sapkowski (também não sei falar o nome dele, fique à vontade para falar como se pronuncia nos comentários).
Baseada nos livros (e isso é muito importante de se lembrar), a Netflix apostou numa série que apresenta três narrativas diferentes focadas em personagens que no decorrer da aventura possuem as histórias lentamente entrelaçadas. Como se o destino realmente tivesse preparando um terreno para algo maior.
O primeiro deles trata-se do já falado Geraldão, o Geralt de Rivia (o Superman “bigodudo”, Henry Cavill). Um homem que vive pulando de cidade em cidade, vila em vila, fazendo trabalhos dos mais diversos combatendo o mal. Um solitário que recebeu inúmeros títulos entre os mais conhecidos “Mutante” e “Bruxo”. Um verdadeiro badboy medieval.
A segunda personagem trata-se de Yennefer de Vengerberg (Anya Chalotra, uma novata nas telinhas) uma mulher que é tratada como um animal onde vive, até o dia que acaba “acidentalmente” utilizando magia para, no maior estilo aparatar, ir até um outro mago. Tal demonstração chama atenção de uma maga que sem o menor respeito pela vida, compra a jovem de sua família e a leva a força para uma terrível escola de magia com o intuito de transformar Yennefer numa grande e poderosa mulher.
A última, e com certeza a mais misteriosa, é Cirilla Fiona ElenRiannon (Freya Allan, atriz que participou do filme Bluebird), a leoazinha de Cintra. Ciri (uma forma carinhosa de chamá-la) é apenas uma criança quando seu reino é atacado por Nilfgaard, e todo seu mundo vai a ruína. Por algum motivo, seus inimigos não a querem morta, o que possibilita sua sobrevivência e fuga. Desse ponto pra frente, somos apresentados a uma criança que constantemente está fugindo e tentando entender um tenebroso poder oculto dentro de si.
The Witcher é a tipica produção que você deve não só ir prestando atenção nas cenas, mas no que é dito nas mesmas. Existem episódios que contam uma história inteira de conflito político entre reinos apenas no diálogo de um personagem. Aquela coisa bem Senhor dos Anéis.
Por mais que tenhamos claramente a presença de três protagonistas, somos postos diante de histórias, cidades, vilas, pessoas, reis, rainhas, todos eles com muitos detalhes, nomes, vida, histórias… todo um cuidado de como eles vão se encaixar na história.
Parabéns Netflix, a senhorita soube muito bem como fazer as coisas. A série ainda proporcional boas cenas de luta, efeitos especiais muito bons, quase dignos de um grande filme nas suas proporções. Quero ainda ressaltar a dublagem, porque sim, vi dublado e parabéns não só ao Guilherme Briggs que fez a voz do Geraldão, como também, toda a equipe que pareciam dar a alma em certas cenas. Fica aqui meu apelo para a segunda (já confirmada) temporada: tragam o bardo de volta! Ele é perfeito.
A produção não é perfeita. Há falhas ao meu ver. Eu não conheço nada da história 100%, nunca joguei os jogos nem li os livros (mas estou pegando-os pra ler) então não posso fazer um comparativo das histórias e personagens, porém, existiram momentos que certos personagens podiam estar “fora de cena”, uma vez que continuavam apenas para não servirem de nada.
Alguns desenvolvimentos foram bagunçados e confusos, nem estou falando da timeline (se você assistiu, sabe da confusão temporal que são os episódios). Entretanto, falo de certos personagens com plots que bagunçavam a cabeça do espectador Com certeza, para alguém que conhece todo o enredo, fará sentido.
A classificação indicativa é de 16 anos, a série possui boas doses de sangue, violência e morte. Muitas mortes. Bebendo da fonte da “boa época” de Game of Thrones (sem discussões, okey?). Conheceu um personagem novo?
Não se apegue. Não importa o quão fundo seja sua história. Não se apegue. Segue o conselho do Tio Asan. Mas se você é do tipo que adora uma politicagem medieval, fantasia no estilo Espada e Feitiçaria (“Sword and Sorcery” como é conhecido), e boas doses de problemas com monstros dos mais diversos, pode assistir sem medo.
Não precisar consumir nenhum material prévio. Ainda que recomendasse manter olhos e ouvidos atentos a todo o momento. O menor dos detalhes podem ser importantes mais pra frente.
Obrigado pelo presentão de Natal adiantado Netflix.
Eu sou o valente Asan e a mim foi dada essa missão. LIBERTE-SE!!

1 thought on “The Witcher (2019-) da Netflix”

  1. Quase não larguei a tv depois que lançou. Com Henry na jogada, só embarquei kkkkkkk Achei confuso as linhas do tempo, mas nada impossível de entender. Espero que organizem na segunda temporada *cruza os dedos*

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