Turma da Mônica: Laços (2019)

Olá, criança! Seja você já crescido ou não… (o importante é sentir-se como uma kkkk). Nesta semana de dia das crianças, não poderia de deixar passar a oportunidade de enaltecer o cinema brasileiro ao mesmo tempo que posso escrever sobre uma turminha que fez parte de diversas gerações.

Seja em gibis, em desenhos, lições de escola, ou até mesmo nas embalagens dos lanchinhos, sabemos que a famosa “Turma da Mônica” (obra de Maurício de Souza) fez parte da vida de muuita gente. Hoje tenho o prazer de fazer a resenha de Turma da Monica: Laços. Baseada na Graphic MSP de mesmo nome, escrito por Victor e Lu Cafaggi, seu lançamento se deu em 27 de junho de 2019, dirigido por Daniel Rezende e Distribuído pela Paris Filmes em conjunto a Paramount Pictures.

O elenco conta com Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo, Gabriel Moreira, as crianças responsáveis por dar vida a Mônica, Cebolinha Magali e Cascão. Além deles, o elenco infantil também interpreta outros personagens famosos da turma: Cauã Martins (Titi), Sofia Munhoz (Aninha), Gabriel Blotto (Xaveco), Pedro Souza (Jeremias), Isabela Santos (Cascuda), Murilo Costa (Quinzinho). Nos papéis dos adultos, vemos Rodrigo Santoro como o famoso Louco (aquele loiro descabelado, mega engraçado), Monica Iozzi, Luiz Pacini, Paulo Vilhena, Fafá Rennó, Ana Carolina Godoy, Beto Schultz, Angélica Paula e Adriano Paixão, mais o extra da ilustre participação de Maurício de Souza como o dono de uma banca de jornal.

Pela primeira vez uma versão “live-action” de Maurício de Sousa chega às telas do cinema, já que desde os anos 60 temos a companhia da turma do Bairro do Limoeiro em gibis ou desenhos animados.

O filme se inicia com mais um ilustre ‘plano infalível’ envolvendo o cãozinho verde do personagem de cabelo com 5 fios espetados, mas, como é de se esperar, o plano não foi tãoo infalível assim. E depois desta última artimanha, Floquinho, cachorro de Cebolinha, desaparece misteriosamente no meio da noite. É, então, que Mônica, Magali e Cascão se unem para dar apoio ao amigo para achar o bichinho peculiar. Juntos acabam unindo pistas por todo o Bairro do Limoeiro, descobrindo que o “Homem do Saco” levou o animalzinho verde.

Os amigos se metem em uma aventura pela floresta próxima ao Parque das Andorinhas, em uma missão de resgate ao Floquinho. No caminho, porém, se envolvem em muitas questões de mistério tanto quanto de perigo, tendo que usar suas habilidades, entretanto, acima de tudo, aprender a lidar com problemas como um grupo unido.

Eu fiquei extremamente emocionada ao assistir este filme. Impossível não rir ao ver Cascão dentro de uma lata de lixo ou ver Magali escolhendo o que levar na mochila para comer, ao ouvir Cebolinha dizendo “gênio cliando”, inegável se sentir nostálgico com Mônica segurando seu Sansão prestes a bater em alguém.

Chorei demais, pois sou uma fã de Mauricio de Souza desde que consigo me lembrar. O elenco infantil é mega carismático, bem expressivo, muito divertidos, super autênticos e o mais importante: fiéis aos personagens. Dá para se rir muito, se emocionar demais, se sentir ansioso pelo que há de vir…Image result for turma da monica filme

Os personagens adultos não são o foco, mas talvez por ter grandes nomes entre os atores, a profissionalidade é explicita, bem como, tamanho talento mesmo em pequenas cenas. Preciso aplaudir de pé principalmente a mãe do Cebolinha, interpretada por Fafá Rennó por sua atuação maravilhosa em cada momento verdadeiro de mãe.

Além dela, Rodrigo Santoro fez um papel esplêndido como ‎Licurgo Orival, o Louco. Sua cena na floresta com o Cebolinha ficou maravilhosa, talvez sendo a parte em que eu chorei mais, mesmo mantendo a originalidade do personagem sem sentido (mas que sempre trouxe boas reflexões…).

A escolha da sonografia ficou delicada e simples como uma criança consegue ser, perfeito encaixe no meio das cenas. A fotografia do filme é incrível, dentro do nostálgico cenário que é o Bairro do Limoeiro, os focos nas amarrações dos laços nas árvores para que a turma não se perca, a paleta de cores vibrantes/ frias em diferentes situações que mudam conforme seja mais tensa ou mais divertida.

Tudo inexplicavelmente encantador. O filme também retoma os figurinos típicos que nos remetem aos gibis, além da fidelidade na aparência de cada criança ou adulto que vemos em diversas partes.

Preciso deixar claro que Tiago Iorc é o cantor da música principal do filme (que por acaso também é denominada “Laços“), dono do meu choro emocionado de tão bela que a canção ficou (apesar de que eu chorei quase o filme todo…). O toque suave, a letra delicada, combina demais com a leveza que o filme nos traz.

Para a felicidade de quem também ama esse trabalho de Maurício de Sousa, o filme foi capaz de fazer jus ao original. Respeitou demais a essência de todos os principais, nos recordou dos secundários, nos deu mais uma chance de reviver a infância. Esta adaptação cinematográfica foi capaz até de ser cuidadoso não dando ênfase na violência, mas não modificando a Mônica briguenta, ensinando o perdão após insultos.

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A ambientação é como uma dança do presente com o passado, já que os figurinos e cenário, bem como o vendedor de balão na praça ou telefone de gancho nos transportam ao passado, por outro lado, expressões típicas do cotidiano são bastante usadas entre as crianças.

Uma sequência de Laços, que será baseada no conto Turma da Mônica – Lições, está atualmente em desenvolvimento com data de estreia prevista para outubro de 2020, sem sombra de dúvidas vou tentar ver.

Esta produção de 2019 é perfeita tanto para crianças quanto para adultos. Maravilhosa para ver com a família, já que irá divertir os pequenos e provavelmente trazer de volta a essência de infância de volta aos maiores.

Bom, vou me despedir por hoje, agradeço a você por me acompanhar até aqui, espero que se divirta assistindo tanto quanto se emocione! Tenham um ótimo Dia das Crianças, seja você uma ou não. Sigam também o blog no instagram: @beladistopia. Indico ler as outras resenhas disponíveis por aqui. Não se esqueçam dos comentários com suas opiniões ou sugestões!

Até a próxima, um beijo grande.

Por Isabela Cabolon.

2 thoughts on “Turma da Mônica: Laços (2019)”

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