Depois que a Disney com a Marvel mostraram como fazer franquia com multiversos de filmes compartilhados, não necessariamente sendo sequencias do mesmo título, todas as produtoras estão tentando recriar este molde.
A bola da vez é sobre uma franquia iniciada em 2001, distribuída pela Universal, e que, depois de 18 anos, já sofreu várias mudanças para se adaptar a modelos diferentes.
Entretanto, sempre emplacando boas bilheterias, afinal, todo mundo gosta de um bom blockbuster. Mais especificadamente, vamos falar sobre um spin off, o qual as leis da física não são respeitadas. Aliás, falar disso sobre blockbuster é até redundante.
Luke Hobbs (The Ro… digo, Dwayne Johnson, “Jumanji – Bem-vindos à selva”) e Deckard Shaw (Jason Statham, da franquia “Carga Explosiva”) são dois homens que não se suportam, culpa de um histórico durante os filmes da linha principal.
De um lado temos Luke, um homem grandalhão, bruto, pai de uma jovem menina e agente de serviço secreto. Do outro temos Deckard, o elegante, frio, solitário e fora da lei. Os dois se odeiam, mas, mesmo assim, são recrutados para trabalharem juntos uma nova vez. Em parceria com a irmã de Deckard, Hattle Shaw (Vanessa Kirby, “Missão Impossível- Fallout”), agente do MI6 os três tem a missão de impedir Brixton (Idris Elba, “Thor”), um líder terrorista, de adquirir uma poderosa arma para sua organização.
Simples? Sim, se não fosse, além do ódio mutuo que os dois tem um pelo outro. O fator de que Brixion é um (como ele mesmo se auto proclama) “superman negro”: mais forte, mais rápido, mais resistente. Tudo patrocinado pela sua organização que modificou ele por meios científicos. É dada a largada para tiroteios, pancadaria e muita, mas muita mentira mesmo (diga-se de passagem, Luke consegue mudar o curso de um helicóptero só com os músculos).
O filme se trata de “ação e comedia”. É um filme para o público que goste de história simples com pirotecnia exagerada. Por mais que carregue o nome da franquia de Velozes e Furiosos, eu tenho o aviso de que não há referência alguma à franquia original.
Então, se você é como eu que vai em busca de ver fortes referências a Toretto e companhia, saiba de antemão que eles resolveram fazer um filme totalmente ímpar. O que me leva às críticas.
A tentativa foi boa. O filme possui bons personagens. Tanto Hobbs quanto o Shaw são bem marcantes, por mais que sejam trogloditas que não sabem ficar juntos na mesma sala, os dois possuem um ponto em comum que faz com que eles se pareçam: cada um deles ama sua família.
E, de forma alguma, isso se sobrepõe a plot do filme, pelo contrário, serve como um forte complemento entrelaçando os momentos chaves do filme. Porém, o filme não tem nada a ver com velozes e furiosos além da dupla de protagonistas.
A franquia de filmes tem como marca nas telonas apresentar cenas de ação fora do normal com carros estilosos, além de trazer corridas insanas. Nesse spin off, confesso, ficou a desejar bastante esse fator.
Velozes e furiosos, em geral, vem evoluindo. Não só nas cenas de ação exageradas, assim como, nos últimos filmes (fica aqui uma promessa minha de que farei uma resenha sobre a franquia inteira) veem trazendo um peso maior ao enredo.
Ao invés de pequenos bandidos, ladrões e traficantes, os filmes vem apresentando vilões mais bem trabalhados, com profundidade, estes entrelaçados no que parece ser uma organização maior que a cada filme vem dando as caras.
O longa deixou de ser apenas um filme sobre rachas de rua, e isso não é ruim. Pelo contrário, isso é sinal de evolução em toda a produção. Mas o conjunto Hobbs e Shaw (até que se mostre o contrário em filmes futuros) pareceu ser apenas um filme para preencher espaço no ano.
Apesar de apresentar um novo problema em escala global, não deixou claro o que isso pode significar para os outros personagens da franquia, nem interligou com o que veio sendo apresentado nos filmes principais. A impressão que ficou foi que quiseram apenas aproveitar o nome para lançar um produto novo.
Eu sou o valente Asan e a mim foi dada essa missão. Liberte-se!!