When They See Us (2019) da Netflix

Olá, leitores! Sejam bem-vindos a mais uma resenha.

Essa frase é de uma minissérie que está bem em alta, que trouxe um impacto/polêmica enorme. Portanto, uso-a como conteúdo hoje, para vocês.

“When They See Us” foi criada por Ava DuVernay (indicada ao Oscar pelo filme “Selma: Uma Luta Pela Igualdade”). É dividida em quatro episódios de em meia 1 hora, seu gênero é drama, possuindo o idioma original em inglês. O elenco conta com Asante Blackk, Caleel Harris, Ethan Herisse, Jharrel Jerome, Marquis Rodriguez, Jovan Adepo e também de Vera Farmiga (a famosa Lorraine Warren, do filme de terror “Invocação do Mal”). Vale ressaltar que foi indicada ao TCA Award: Melhor Telefilme, Minissérie ou Especial, ao TCA Award: melhor programa do ano; contendo também possibilidade em ser uma indicação ao Emmy 2019, ao meu ver.

Baseada em uma história real, o caso dos “Cinco do Central Park”: cinco adolescentes negros e um latino, condenados injustamente por estupro e por agredirem uma mulher que corria de noite no Central Park, Trisha Meili, em 1989. Isso por estarem no local errado, na hora errada, e por terem a cor de pele que tinham. A minissérie em quatro partes traz um dos mais polêmicos casos de erro judiciário da história dos EUA, caso este envolvendo os adolescentes: Antron McCray, Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymond Santana e Korey Wise, eles tendo em torno de 14 a 16 anos. 

Mostra os primeiros interrogatórios em 1989, a indução da polícia de Nova Iorque para fazê-los mentir, expõe o descaso e racismo que os meninos sofreram ao serem acusados de um crime que nunca cometeram, também reconstitui a absolvição em 2002, bem como a indenização dos jovens pela prefeitura de Nova Iorque em 2014.

Em uma noite, um grande grupo de jovens negros se uniram e foram até o Central Park para apenas se divertirem, tendo a curiosidade de saber o que estava havendo, Kevin Richardson os segue. Porém, em certo momento, alguns destes começam uma briga. A polícia de Nova York é acionada por pessoas que passavam no local, mas ao mesmo passo que estes jovens estavam bagunçando, um estupro ocorreu do outro lado do parque. Três foram pegos pela polícia: Kevin Richardson (Asante Blackk), Raymond Santana (Marquis Rodriguez) e Antron McCray (Caleel Harris). 

Por azar, Yusef Salaam (Ethan Herisse) estava na lista de suspeitos e teve que ir até a delegacia prestar depoimento. Já Korey Wise (Jharrel Jerome), foi junto do amigo para o acompanhar, mesmo não sendo sua presença necessária, porém também acabou sendo envolvido.

Os detetives e policiais encarregados de solucionar o caso, manipularam, foram agressivos e fizeram ameaças aos menores de idade para que eles confessassem o crime. Com a falsa confissão, a prova fora criada, embora os exames de DNA, as roupas que os jovens usaram, além de outras evidências físicas encontradas indicassem o contrário.

– O que é um negro? 

– Não sei, mas talvez ele tenha razão. Às vezes a gente tem que se perguntar: quando é que um homem branco terá uma oportunidade nesse país?

Os atores são extremamente convincentes em suas expressões. Desde o desespero, a clara expressão de pânico e medo nos jovens por serem culpados injustamente, a raiva e o preconceito vindo dos detetives que estavam lidando com o caso, o cansaço e tristeza nos rostos dos pais dos acusados. Todos os que trabalharam nesta série de 4 partes foram muito bem selecionados.

Há partes emocionantes na série, frases de grande impacto, há alguns trechos onde Trump, atual presidente dos EUA, comenta sobre o caso. Esses trechos, assim como a visão dos policiais e detetives, nos mostram o quanto há pessoas sendo julgadas injustamente pela cor de sua pele ou pela sua origem, como a palavra de alguém pode não valer nada quando o ponto de vista, mesmo errado, já foi definido. O preconceito pode interferir na vida de alguém, pode fazer um ser humano sofrer.

A minissérie contém episódios longos, mas com tamanha qualidade de atuação, fica fácil de acompanhar e a sensação de ansiedade, o querer saber mais sobre o que virá a seguir é muito grande.

Tudo foi executado com muita perfeição. A fotografia das cenas tem tons mais escuros e frios, passam a sensação de seriedade que o enredo traz, bem como os figurinos e cenários do parque, da delegacia, do tribunal… Tudo está interligado e tudo é bem harmonizado, esses elementos fazem com que a série tenha um impacto maior ao transmitir a injustiça que esses jovens sofreram por anos de suas vidas.

Espero que tenham gostado do conteúdo de hoje, espero que assistam e que também possam comentar com outras pessoas sobre esta minissérie emocionante.

Obrigada a você que leu até aqui, deixe nos comentários o que achou da resenha. Sugestões são bem-vindas sempre! Caso tenha assistido, ou se interessou, comente aqui embaixo para eu saber o que acham. Até a próxima!

Por Isabela Cabolon.