Olá, meus sobrinhos! O tio trouxe hoje uma boa resenha para estes períodos de quarentena, criada em cima de um clássico do j-horror (terror japonês, molecada), conheçam “O grito”. Está película é uma adaptação do clássico “The Grudge” de 2002, que por sua vez é uma produção ocidentalizada de “Ju-On”.
A história se passa com a detetive Muldoon (Andrea Riseborough) junto do seu parceiro, Goodman (Demian Bichir), investigando uma série de assassinatos. Conforme os casos vão seguindo, nossa detetive percebe que todos os casos estão envolvidos dentro de uma casa, uma residência que foi palco de assassinatos dos moradores anteriores.
Logo, somos apresentados aos casos de assassinatos dentro da residência e, ao que tudo indica, uma entidade paranormal está controlando tudo isso. Enquanto tenta resolver esse caso, nossa heroína deve enfrentar seu drama pessoal, o recém falecimento de seu marido, vítima de câncer junto aos cuidados de sua prole, Burke (John Hansen).
Bom, como é de conhecimento de todos, uma adaptação deve ter sua essência do filme que está sendo baseado. Mas tem a total liberdade de criação, podendo seguir caminhos próprios até modificando alguns pontos de outras películas formadoras da cronologia da obra. Dito isso, percebemos como “O grito” é rico nesse conceito, justamente por ocorrer uma importação do espírito japonês aos EUA, habitando no espírito de uma das personagens que ao chegar em sua casa, mata todo mundo.
Seguindo a lógica, a residência novamente fica vazia dando espaço a novos moradores que são apresentados ao fantasma. Isso o longa faz questão de nos mostrar, seguindo o fluxo da história e fazendo uma incrível costura entre o tempo presente da investigação e os assassinatos dos moradores e de quem mais entrar lá.
Em paralelo, somos apresentados à trama geradora de uma exímia tensão, que gradativamente te prende e “BOOM”, pula com jumpscares que garantem o enredo. Se fossem somente os sustos e alguns embates com a criatura, tudo estaria de boa, mas os efeitos especiais pecam um pouco na qualidade, principalmente quando se percebe a computação gráfica logo de cara!
Os efeitos que envolvem a violência em si, órgãos mutilados ou ossos saindo são bem interessantes e bem realistas, ao mesmo tempo surgem de forma exagerada, tentando preencher o final do filme. Ainda assim valem a pena.
“O Grito” é um terror de boa qualidade, uma forma das novas gerações entrarem em contato com a produção americana e até mesmo com a japonesa. Sua pegada e as poucas aparições da menina de branco das primeiras produções podem deixar os expectadores “borocoxôs”, mas garantem uma boa aventura! Pessoas sensíveis, nesse quesito se afastem, não assistam!
Bom, crianças, o tio vai ficando por aqui. Lembrem-se: assistam bons filmes, leiam bons livros e comam frutas!
Até a próxima resenha!