Fiz uma lista dos filmes mais relevantes que assisti, sem sombra de dúvidas “Nós” (“Us”, no título original) está no topo da sequência. E se você não entendeu os negritos, assista o filme e releia este parágrafo. Vamos à resenha!
Após o sucesso de “Corra!” (2017), vencedor de “Melhor roteiro original” no Oscar de 2018, Jordan Peele produziu outro filme que debate questões como o racismo e a situação política estadunidense, desta vez de forma mais sutil. A produção conta com Lupita Nyong’o – presente em “Pantera Negra” e “Star Wars: A Ascensão de Skywalker” (resenha aqui) – como Adelaide Wilson e sua “clone”, Red. Seu esposo, Gabriel Wilson, é interpretado por Winston Duke, que trabalhou com Lupita em “Pantera Negra” e fez parte de outros filmes da franquia Marvel, como “Guerra Infinita”.
Por último, o filme conta com a participação de Elisabeth Moss -“June” na renomada “The Handmaid’s Tale” – como Kitty Tyler, amiga do casal principal. Confesso que qualquer papel diferente de June, como em “O homem invisível” (resenha bem aqui) soa estranha aos meus olhos. (E se você nunca viu THT, confere aqui os motivos para acompanhar).
O longa conta a estória da família Wilson composta pelos pais Adelaide e “Gabe”, e por seus filhos Zora (Shahadi Wright Joseph) e Jason (Evan Alex). Felizes, a família decide passar o final de semana na casa de veraneio dos pais de Adelaide, a fim do tão sonhado descanso.
Durante a noite, nossos protagonistas são surpreendidos por estranhos na porta de sua casa, parados como se aguardassem para o início de algo. Ao observarem seus espectadores, os Wilson descobrem a primeira reviravolta da produção: os “estranhos” são exatamente iguais a eles.
Apesar de todas as aclamações técnicas, o melhor do filme ainda é o roteiro. Jordan Peele não deixa a desejar, nem no enredo em si, muito menos nas entrelinhas da trama.
Negro, o ator e cineasta aborda as questões sociais norte americanas na forma de verdadeiras obras de arte. Além disso, não peca na representatividade de seu elenco, cujos protagonistas são – e de acordo com o próprio, sempre serão – indivíduos afrodescendentes.
Mesmo não alcançado a repercussão de “Corra!”, que rendeu ao diretor a cifra de mais de 200 milhões só na estréia (Peele foi o primeiro diretor negro a alcançar esta marca) e quatro indicações ao Oscar, “Nós” foi altamente aclamado pela crítica (93% no Rotten Tomatoes) e pelo público em geral.
Duas curiosidades: a primeira, explícita até, é que “us”, além do pronome “nós”, também faz referência a “Unites States”, local do filme e alvo das críticas sociais f*das. A outra é que Peele também participou da direção de Blackkklansman: O Infiltrado (2018), cuja resenha está aqui.
Não consigo dar uma nota abaixo de 10 para esta obra, que conseguiu me assustar, rir, e refletir. Deixo aqui a minha SUPER sugestão para vocês.
Cuidado com os subsolos, espelhos e principalmente, com o próprio reflexo!
Até a próxima,
Ouvi muita gente falando bem !
Ele foi muito aclamado, até hoje não sei porque não foi indicado como melhor roteiro original, mds
Que legal…!!
Esta foi uma visita excelente, gostei muito, voltarei assim
que puder… Boa sorte..!