[spb_image image=”22146″ image_size=”full” frame=”noframe” caption_pos=”hover” remove_rounded=”yes” fullwidth=”no” overflow_mode=”none” link_target=”_self” lightbox=”no” intro_animation=”none” animation_delay=”200″ width=”1/1″ el_position=”first last”][/spb_image] [spb_text_block animation=”none” animation_delay=”0″ simplified_controls=”yes” custom_css_percentage=”no” padding_vertical=”0″ padding_horizontal=”0″ margin_vertical=”0″ custom_css=”margin-top: 0px;margin-bottom: 0px;” border_size=”0″ border_styling_global=”default” width=”1/1″ el_position=”first last”]
Será que me culparias
Se eu decidisse ser quem sou?
E me amar, assim, sem jeito
E me aceitar, assim, perfeito
Como imperfeito e sonhador?
Condenaria-me ao luto
Se eu dissesse a Ti, meu tudo
E os meus prantos de todo dia?
Se eu me expressasse com desejo
A mim, imundo, ouvirias?
Me lançaria ao acaso?
Me jogaria aos leões?
Abraçaria a mim, Amado?
Entre os soluços, que desabo
E a confusão entre os meus tons?
Serás o amor que tanto busco?
Serás como penso, refúgio,
Ou serás como me dizem?
Serás a dor? Serás insultos?
Serás a cura ou o meu luto?
Serás o novo, ou cicatrizes?
Se eu me curvasse em Teu nome
E oferecesse meus tesouros, aceitarias?
Se como uma besta, ao frio, com fome
Eu O buscasse, em meio ao escuro
Meus pensamentos, ouviria?
Não quero, ó Deus, sentir-me sujo
Mas não quero ser quem não sou
Não quero dar-te o que me sobra
Mas me privar de mim, não vou
Será que fico? Ou triste, fujo?
Não alimento a triste imagem
De um Deus de ódio, é o que eles fazem
Enquanto vendem o que disseste.
Não vou pensar-Te como pranto
Mas como um Ser que causa espanto
Por amar a quem se ama.
Não vou segui-lo cegamente
Mas vou pregar-Te todo tempo
A quem, na rua, vir errante
Apresentá-lo vou, contente
Teus mandamentos sempre temo
E é o amor, o importante.
– Beberibe, 01 de junho de 2016
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