Oração

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Será que me culparias
Se eu decidisse ser quem sou?
E me amar, assim, sem jeito
E me aceitar, assim, perfeito
Como imperfeito e sonhador?

Condenaria-me ao luto
Se eu dissesse a Ti, meu tudo
E os meus prantos de todo dia?
Se eu me expressasse com desejo
A mim, imundo, ouvirias?

Me lançaria ao acaso?
Me jogaria aos leões?
Abraçaria a mim, Amado?
Entre os soluços, que desabo
E a confusão entre os meus tons?

Serás o amor que tanto busco?
Serás como penso, refúgio,
Ou serás como me dizem?
Serás a dor? Serás insultos?
Serás a cura ou o meu luto?
Serás o novo, ou cicatrizes?

Se eu me curvasse em Teu nome
E oferecesse meus tesouros, aceitarias?
Se como uma besta, ao frio, com fome
Eu O buscasse, em meio ao escuro
Meus pensamentos, ouviria?

Não quero, ó Deus, sentir-me sujo
Mas não quero ser quem não sou
Não quero dar-te o que me sobra
Mas me privar de mim, não vou
Será que fico? Ou triste, fujo?

Não alimento a triste imagem
De um Deus de ódio, é o que eles fazem
Enquanto vendem o que disseste.
Não vou pensar-Te como pranto
Mas como um Ser que causa espanto
Por amar a quem se ama.

Não vou segui-lo cegamente
Mas vou pregar-Te todo tempo
A quem, na rua, vir errante
Apresentá-lo vou, contente
Teus mandamentos sempre temo
E é o amor, o importante.

– Beberibe, 01 de junho de 2016

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