Cemitério Maldito (2019)

Olá, meus sobrinhos! Preparados para mais uma resenha do tio? Eu espero que estejam, porque o tema de hoje será bem interessante (pelo menos ao resenhista).
Enterrem bem seus defuntos longe destas terras, separem as armas para estes zumbis inteligentes e tragam uma água para se manterem hidratados, porque hoje, eu vos trago: Cemitério Maldito, produzido em 2019 como um remake da película de 1989, este último, por sua vez, baseada no livro “O Cemitério” de Stephen King lançado em 1983. A história recorda muito a do filme original, porém, o diretor Kevin Kolsch resolveu criar algumas mudanças que serão citadas aqui nesta resenha, e outras, se forem ditas irão ser um spoiler.
O filme começa com família Creed, composta por Dr. Louis (Jason Clarke) e sua esposa Rachel (Amy Seimetz), junto com seus filhos Gage (Lucas Lavoie) e Ellie (Jeté Laurence), chegando em sua casa recém comprada no interior. No dia seguinte a chegada deles, o Louis vai para o hospital que irá trabalhar, enquanto isso sua esposa e filha ficam em casa cuidando da mudança.
Ao saírem para jogarem o lixo em um local apropriado, veem um grupo de crianças com máscaras de animais em procissão indo floresta adentro (bem esquisito). A mãe leva a menina para o interior da casa, a fim de esquecerem a estranha cena, mas isso não é o suficiente para fazer Ellie correr de volta para a floresta e ver onde seguiu os pequenos.
No fim, acaba encontrando um cemitério para animais de estimação, lá encontra um série de troncos jogados formando uma barreira, a garota resolve tentar escala-los, porém uma voz chama sua atenção fazendo-a cair para trás. A pessoa que te chama, é um senhor barbado chamado Jud (John Lithgow), avisando-a para não seguir por aquele caminho. Eles acabam conversando até que sua mãe aparece levando a menina de volta para a residência (muito sensato).
No dia seguinte, O doutor está trabalhando quando recebe a notícia de que um jovem se acidentou, seguindo para ajudá-lo. O jovem Victor Pascow (Obssa Ahmed) falece pela perda de sangue, ainda que seu espírito converse rapidamente com o doutor (bem viajante). Na mesma noite, o rapaz tem um sonho com o jovem falecido, o qual explica sobre o segredo do cemitério e como deve manter distância da barreira que divide o terreno do descanso eterno.
Porém, isso se rompe quando, o gatinho de sua filha, Church, morre atropelado por um caminhão, Louis guiado por Jud enterram o bichinho depois da barreira (já esperado). Depois de algumas horas, o animal retorna a vida (para nossa alegria). Todos ficam felizes até um novo fato acontecer. Durante as festividades de família, sendo mais específico o aniversário de Ellie, a jovem garota é atropelada, vindo a óbito. Durante o enterro, os olhos de Jud e Louis se encontram, ambos pensam a mesma coisa: “precisamos ressuscitar Ellie”.
Agora o que irá acontecer com o retorno da garotinha em morta viva?
A película é interessante por encaixar novos fatos e personagens, como uma procissão de crianças indo enterrar um porco e a mãe que cuidava de uma tia doente, por exemplo. Em ambos os casos, não fugem da ideia do filme, o que tornou a filme mais rico. Por sinal, deu pano para a criação de uma possível continuação. Ainda falando sobre os personagens, observa-se que cada um deles possui um segredo guardado. Vale ressaltar que isso somente vem à tona durante o momento de suas mortes, criando um clima de entendimento sobre parte da trama e cenas passadas.
[RÁPIDO SPOILER!]No filme original de 1989, quem morria atropelado por um caminhão era Gage, mas nessa edição ocorre o falecimento de Ellie, e vejam, criam um sentido mais interessante ao contexto, uma criança zumbi, uma criança que possui capacidade de fazer alguma atrocidade e dessa vez com entendimento de coisas, tendo pouca noção de como machucar alguém, e ao ver as cenas de morte produzidas pela garota cria um bom clima.

Os efeitos especiais também foram muito bem caprichados, as cenas de carne e groselha correndo soltas bem colocadas. A maquiagem feita na atriz que interpretou Ellie em um tom amarelado e as veias colocadas em seu rosto pela perca de massa também.

Agora, tem uma coisa que percebi e precisa ser comentado. Há bastante gore, o sangue escorre bem, fazendo com que ele perdesse um pouco do seu suspense, pois dá margem a um terror maior. Fato este também é causado pela ausência da diminuição da luz, como vemos em filmes de suspense.

Eu recomendo “Cemitério Maldito” a todos, independente do que seja, mas não espere grandes susto e sim momentos de puro nojo pela boa elaboração das cenas. Bom, obrigado por terem chegado até aqui meus sobrinhos e lembrem-se, deixem aqui nos comentários o que acharam!

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