Cidades de Papel (2008) de John Green

Olá, pessoas de papel, numa cidade de papel, lendo esta resenha sem ser de papel… Hoje trago um dos mais famosos livros feitos por John Green. Cidades de Papel foi publicado pela editora Dutton Books, Estados Unidos, seu lançamento se deu em 2008. O livro possui 345 páginas, seu gênero é jovem-adulto, mistério.

A história se ambienta em Jefferson Park, localizado no subúrbio de Orlando, Florida. Narra a vida de Quentin “Q” Jacobsen, e sua vizinha (e ex amiga de infância), Margo Roth Spiegelman, ambos estudantes do ensino médio.

Um mês antes de sua formatura do colegial, Margo aparece na janela do quarto do garoto no meio da noite. Com a cara pintada de preto e roupas discretas, junto de uma face expressivamente de quem quer aprontar, a moça traz somente poucas coisas consigo: uma missão de vingança contra um grupo de pessoas que a magoou, a necessidade de um carro e o seu enorme carisma (golpe baixo já que há uma paixão secreta de Q por ela). Somente isso faz com que Quentin aceite esgueirar-se para fora para ajudá-la a se vingar.

Para começar, Margo leva seu cabeça Quentin a um Walmart, local para comprar uma lista de itens que eles precisam para completar seu plano. Depois de terem comprado tudo o que precisariam, começa, então, uma saga enorme de ‘trollagens’ contra especificamente 11 pessoas.

Após uma noite louca regada a invasões e maluquices, voltam para suas casas ao amanhecer. Ele passa a acreditar que sua “crush” vai começar a notá-lo mais, imaginando até mesmo uma possibilidade de sair com ele e seus amigos, Ben e Radar. No entanto, Margo foge. Somando três dias de seu desaparecimento, seus pais registram uma ocorrência policial, levando Quentin a ser questionado por um investigador privado.

A frustração toma conta de Q, assim como o sofrimento por nutrir sentimentos pela rebelde, mas sem querer acha pistas que Margo deixou, e passa crer que são para ele encontrá-la. Assim, Quentin gasta incontáveis dias e noites tentando localizá-la. Um endereço num pedaço de papel prezo em sua porta, local onde Q junto dos amigos encontram um velho mini-shopping abandonado em Christmas, Florida, que contém evidências de sua presença recente, uma mensagem de pulverização mórbida pintados nas paredes, e pistas que os levam a crer que ela quer ser encontrada.

Dias antes de sua formatura, Quentin faz uma conexão com um mapa que ele encontrou; combina os buracos das tachas na parede do lugar abandonado e seu mapa. Isso o leva a descobrir que Margo foi escondida em uma cidade fictícia em Nova York chamado Agloe, Como resultado, Quentin e seus amigos optam por pular a formatura, a fim de ir a Nova York para procurar por ela.

John Green se encontra numa lista que fiz dos meus autores favoritos pelo simples fato de fazer um romance ser mais do que o gênero.

Essa é mais que uma história de amor (acredito que nem assim devia chamar…), de encontros e desencontros. Nesta história, fala-se muito dos laços de amizade, de confiança, do que é possível se alcançar com a cumplicidade. A escrita da obra é leve, emocionante, cheia de mistérios que te faz tentar desvendar junto dos personagens onde foi que a srta. Spiegelman foi parar.

John Green tem o dom de fazer qualquer coisa ser escrita com uma maestria fora do normal. O que este homem é capaz de produzir emociona, nos enche de ansiedade, nos transborda de amores, nos revolta, mas acima de tudo: nesta obra ele nos mostra que pessoas de papel tem a necessidade de se libertar, de ter a chance de ser feliz ao seu modo, mesmo que os ideais sejam divergentes de um ser para outro. Impossível não se divertir com Ben e Radar. Impossível não passar a confiar em Lacey, pegar raiva de Q ou invejar a coragem de Margo.

A obra é quase perfeita, no entanto, somente digo isso por já ter um livro favorito na vida, mas John Green é um autor que sabe o que faz, que tem qualidade, além de seus livros  serem um bom investimento comprar ou gastar tempo. O livro de hoje me balançou, me trouxe respostas de perguntas que nunca pensei em fazer, muitos se revoltaram com o final, por outro lado, acredito que não poderia ter finalizado melhor.

Bom, vou me despedir por hoje, agradeço a você por me acompanhar até aqui, espero que goste tanto quanto eu se caso decidir ler!

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Até a próxima, um beijo grande.

Por Isabela Cabolon.

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