Deslize (2018)

Olá, leitores do meu core! Bem-vindos ao Resenhas do Mundo Pop, fiquem à vontade, sintam-se em casa! Hoje, migxs, trago o filme “Deslize” como conteúdo.

Em tempos atrás, Noah Centineo era só mais um jovem ator (e belíssimo). Mas tudo mudou com “Para Todos Os Garotos que Já Amei“, que depois trouxe seu rostinho para as telas em “Sierra Burgess É uma Loser” e em “O Date Perfeito”, ambas produções da Netflix e também sendo comédias românticas. O crush de muitas retorna em “Deslize”, para nossa alegria (ou talvez não tanta, fica no ar…).

A nova comédia romântica foi lançada nos EUA em 2018, com o título “Swiped“, porém, aqui no Br somente tivemos o ar de sua graça em 1º de julho de 2019. O filme é de produção norte-americana, logo, seu idioma original é em inglês. O roteiro e produção ficaram por conta de Ann Deborah Fishman, já sua distribuição ficou a cargo da famosa Netflix. O elenco conta com Noah Centineo, Leigh-Allyn Baker, Kendall Ryan Sanders, Kristen Johnston, Nathan Gamble e Christian Hutcherson, George Hamilton.

Na história, um garoto popular na faculdade chamado Lance Black (Noah Centineo) pede ajuda de seu colega de quarto/amigo nerd, James (Kendall Ryan Sanders), para criar um app de paquera. A brilhante ideia veio com base em facilitar os encontros com mulheres, bem como, livrar Lance de ter que participar de certas atividades avaliativas em uma matéria da faculdade, além de ganhar dinheiro.

O app vira um sucesso, porém com a popularidade e a falta de limites criados nos termos de acordo, as coisas saem do controle. James é um gênio da computação, o que não era de se esperar que a ferramenta de namoro viria a ser um fracasso. Para sua surpresa, sua mãe entra nessa onda, o que faz  com que ele percebesse que talvez o app não seja a melhor coisa que poderia ter criado.

Os “encontros” eram marcados com as seguintes condições: sem restrição de idade, somente funciona para sexo casual, não será dito nomes de ninguém, o perfil masculino some depois e ele quem escolhe se vai marcar ou não um novo encontro. Além disso tudo, um problema se instala: as mulheres percebem que quanto menos roupa estiverem nas fotos de seus perfis, mais fácil o encontro seria marcado.

Deslize tinha tudo para ser um longa-metragem legal, que conta a história de um cara mulherengo, com um amigo bem nerd que cria um aplicativo para encontrar novas pessoas, e talvez engatar em um novo relacionamento… Poréeem, sua semelhança com “O Date Perfeito“ se limita com a ideia do aplicativo de relacionamento. Pois é, o que deu certo “O Date Perfeito”, veio ser a sentença de morte nesta nova comédia romântica.

Vamos começar pelo básico. Há grosseiros erros de enquadramento, os personagens da tela ficam cortados, maldispostos, uma verdadeira bagunça. Há uma cena, por exemplo, na qual James está dando satisfação a um grupo de garotas, quando as personagens ficam perdidas em tela, distribuídas em cena mais parecendo como se posassem para fotos. Nem parece que eram filmagens finais e sim uma gravação de ensaio…

A fotografia do filme é mal produzida, o roteiro é cheio de frases que talvez a diretora acreditou em algum momento que fosse trazer diversão aos expectadores, porém foi uma falha catastrófica. Os atores que tinham tudo para brilhar, mostrarem seus potenciais, foram induzidos ao fracasso por conta de uma péssima organização. Há pequenos, quase nulos, momentos divertidos, acredito que dependendo do humor, não haverá nenhum desses momentos.

Agora o principal, as mulheres são retratadas desde o princípio como pedaços de carne para satisfação sexual dos homens. Para piorar: um homem tenta dar lição de moral a um grupo de mulheres com um discurso como se todas as garotas presentes na faculdade, fossem ingênuas o suficiente para perceber o tamanho machismo presente no ambiente. O pior? Elas passam a ideia de realmente nunca terem notado qualquer coisa antes de James as dizer.