Dragon Ball Super: Broly (2018)

Oi, eu sou o Goku.
A resenha de hoje vai juntar saudosismo, pancadaria, infância, exageros (mais que o normal) e outros muitos temas, mas eu vou tentar ser mais rápido do que a explosão de Namekusei.
Se você é um daqueles que fala “Não aguento Dragon Ball!”, convido-te a sentar-se, respirar um pouco, afastar o rage e tentar apresentar por A+B que no mínimo você deveria dar uma chance, ao menos para o terceiro filme dessa “nova” saga de Dragon Ball.
Primeiro, deixe-me tentar apelar para o clássico: o saudossismo. Em 1986, no Japão era feito a primeira exibição do anime aonde éramos apresentados a uma pequena criança com rabo de macaco que veio do espaço e foi treinado pelo seu “avozinho” terrestre nas artes de luta kung fu (na real, eu acho que era kung fu, não tenho lembranças se é falado qual arte marcial em si é ensinada).
Como antigamente, as coisas eram bem menos “informatizadas”, demorou 10 anos para chegar no Brasil, mas instantaneamente foi uma febre. Vai dizer que você não tentava usar o kamehameha no vento, acompanhou o crescimento do jovem Goku e até mesmo não consegue ouvir o personagem falar sem ser na voz do nosso ilustre Weldel Bezerra? Não? Ok, hora de falarmos sério então.
Dragon Ball Super: Broly trata-se não especificamente de um ponto na timeline da mitologia do anime. Pelo contrário, a proposta do longa é recriar uma história a priori já feita nas series originais, mas com total falta de respeito com o cânone.
Durante o filme somos envoltos não nos personagens principais já conhecidos, mas somos apresentados para o antes de tudo. Longe da Terra, em um planeta chamado Vegeta havia uma raça de super guerreiros chamados Saiyajins, os quais tinham uma pegada meio “espartanos” de cultuar a batalha.
O problema é que eles foram subjugados por um inimigo maior chamado Freeza. Freeza, no maior estilo Thanos, exterminou toda a população do planeta… Decerto alguns guerreiros que estavam em missão em outro planeta e o nosso protagonista Goku.
Isso é o que todo mundo que acompanha a saga sabe, o que o filme acrescenta é uma história, até mesmo dramática com toques de inveja. O rei do planeta Vegeta controlava o registro dos bebês no planeta, verificando a “força” de cada um, fazendo estimativas de possíveis “ameaças” para seu planeta.
No meio disso, ele encontrou um bebê chamado Broly que possuía poder imensurável mesmo para sua idade. O Rei, então, isola pai e filho em um planeta distante. Sim, isso resulta na sobrevivência de mais dois somados a uma grande vontade de vingança.
Sim, admito que até eu fiquei os primeiros trinta minutos meio boquiaberto: Dragon Ball com enredo, quem diria. Um enredo fraco, não discordo, mas ainda sim, é possível notar que talvez, essa nova leva de animes “shonnems” venham apresentando formas de se contar histórias mais elaboradas, não só envolvendo socos, chutes e poderes sem controle. Caso, não saiba, leitor, Broly não é um personagem novo, pelo contrário, já houve um filme com ele.
Contudo, o enredo podia ser resumido em uma linha: “personagem com raiva do choro do Goku” (foi ate menos que uma linha, vejam só). Broly era um personagem sem profundidade, apenas uma enorme massa de músculos que batia em tudo e todos pelo bem querer de sua raiva. Meio desnecessário, e nem era um show de luta bem feito.
Dragon Ball Super: Broly também possui pontos técnicos fortes. Por ser um anime de luta com poderes, a expectativa é justamente nos momentos de luta. Nessas cenas a equipe de desenho caprichou e é possível ver o trabalho em desenhar não só o rabisco dos golpes, mas como desenhar “por completo” e arriscar ate em coreografias durante a luta dos personagens. Tudo muito bonito. Inclusive temos um show de luzes quando os combatentes quebram a realidade durante a luta… é, exagero eu sei, mas estamos falando de que anime mesmo?
Claro, não vim fazer propaganda enganosa, o filme possui 2 grandes defeitos ao meu ver. Um deles é a motivação de um dos vilões, que quando é revelada um grande peso de tensão cai por terra e você fica alguns minutos decepcionado. Segundo, durante o ápice do filme a trilha sonora deixa as coisas um pouco vergonhosas. Mas esse ponto talvez seja apenas gosto pessoal, talvez a criança interior que há em mim gritava “chaaaalaaaaaaa” na sala de cinema, mas o filme não cantou junto.
Mas, fora isso, super recomendo você ir ver o filme. Ele traz um gostinho do que era o anime, ainda que totalmente repaginado, mais bem preparado. E não, você não precisa ter assistido trinta mil anos de anime para poder ver esse novo, como eu disse o filme é muito autoexplicativo. Ele mastiga muito bem as coisas para novos conhecedores, como também traz velhas coisas que deixam os fãs muito felizes.
No fim, minha resenha foi igual os 5 minutos de Namekusei…
Eu sou o valente Asan e a mim foi dada essa missão: Liberte-se!!

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