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Calma, caro(a) leitor(a)! Senta comigo e vamos conversar que a história é longa (sempre é, na verdade kkkk). Decidi começar uma linha de post chamada #vidadeautornãoéfácil (bem autoexplicativa) e por que não começar com uma confusão que teve no meio literário? Se você está por fora, não tem problema, o texto foi disponibilizado pela Cynthia (@cosywithlove).
Não acreditei a que ponto essa “conversa” chegou. Existem tantas pessoas que julgam o leitor e a leitura que não veem o que realmente importa. A lista de xingamentos só piora como vocês veem acima.
Às vezes, me sinto como se estivesse vendo o primeiro choque que o dadaísmo trouxe na arte (olha a viagem, mas espero que vocês entendam). Diversos pintores e entusiastas do movimento clássico disseram que não era arte, que aquilo não passava de lixo. Claro, estavam acostumados com quadros que levavam técnicas antigas de pintura, além de várias mãos de tinta. Agora imagine quando colocaram um mictório em uma exposição de arte. Mudou o rumo de tudo.
A literatura não deixa de ser arte e ela vai te fazer sentir algo. Amor, raiva, tristeza, tesão, o que for. Ela transmite emoção e deve ser respeitada em todas as suas formas. Debatida sempre, mas também respeitada. Os livros vieram para unir e não segregar. Para incluir e não priorizar um determinado grupo.
Por que menosprezar um livro que você não considera literatura? A velha pergunta do que é literatura é algo que, de verdade, me assombra. Minha primeira professora de literatura da escola (que também é escritora) me disse que nada era estático e sim bem subjetivo em que cada pessoa tem sua própria definição de literatura. Já minha consultora literária diz que a literatura tem vários significados e nenhum é certo. São correntes e cada um segue a que se identifica.
A Anna (oi, eu) de 2021 (porque nada impede que eu mude de opinião com os anos) pensa nos diversos conceitos que ouviu até então e conclui que literatura é mais uma arte mesmo. Se te faz sentir algo, já se encaixa na definição :).
O mais importante de tudo é respeitar o outro e não criar barreiras na literatura. Vamos construir pontes!
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Isso é muito legal! Acho q as pessoas também precisam se abrir e não ler sempre os mesmos gêneros, pq isso também faz com elas fiquem estagnadas. Se for autor, aí que precisa mesmo ler de tudo! Porque somos nós que estamos construindo a próxima fase artística da literatura contemporânea. Apesar de que sim, artistas (como Picasso) que causaram estranhamento e foram criticados no passado, eles eram conhecedores do que veio antes deles! Então esse conhecimento para quem faz literatura é essencial — como em qualquer profissão! Adorei a discussão!
Fico muito feliz que você curtiu, Ane! O plano é trazer mais dessas conversas para cá.
Falou tudo <3. Nós, autores, precisamos conhecer o que veio antes com certeza 😀 Tem até aquela frase conhecida mais ou menos assim "não dá para fazer o futuro sem conhecer o passado" ^^
Há algumas semanas entrei em um desses instagrans conservadores de uma pessoa jovem, mas com a cabeça no século passado. Tinha um destaque “arte”. Basicamente ela comparava pinturas clássicas e bonitas, segundo ela, com outras obras (consideradas feias), tipo as da Frida Kahlo. Fazia perguntas do tipo “você acha que isso aqui é arte?”. Não tô questionando o olhar de ninguém, pois acredito que o conceito de beleza é relativo. Mas era um discurso tão… desrespeitoso e pior, vinha de uma pessoa que não fazia a menor ideia do que falava. Não sabia nem o significado das obras modernas e muito menos da importância de movimentos como o renascimento. Do qual tinham obras que ela considerou “arte de verdade” e ironicamente iam contra as ideias do próprio instagram que ela administrava. Bom, eu como ilustrador quase morri (de rir e de ódio), mas enfim… Sigamos kk.
Como eu odeio esse ngc de “literatura de verdade” kkkk