Fahrenheit 451 (1953) de Ray Bradbury

Vamos supor que vivo em um universo onde os livros são proibidos, o entretenimento deve ser somente os bons e velhos filmes, novelas. Tudo que pode ser passado pela televisão. Um dia, “encontro” um livro, começo a ler e percebo que minha vida é uma mentira, por isso, planejo me libertar disso. O que fazer agora?
Olá, crianças! Hoje, o tio trouxe uma resenha porreta, de um livro mais ainda. Então, preparem-se para o envolvente, emocionante e bem-criado: Fahrenheit 451, escrito por Ray Bradbury, durante o saudoso e mágico século XX.
No livro, somos apresentados a uma realidade distópica, na qual os livros são proibidos. A pena é a destruição dos coitadinhos, os responsáveis por tal ato são os bombeiros, em que suas mangueiras vomitam querosene ao invés de água. O único entretenimento permitido é assistir as televisões, cujas novelas, filmes, séries falam diretamente com o expectador, garantindo uma enorme interação.
Bom, o personagem principal, Guy Montag que faz parte do corpo dos bombeiros, começa a se questionar sobre o porque as pessoas se importam tanto com os livros, o que eles guardam de tão perigoso nas páginas, Senhores (e senhoras) acaba sendo um estímulo para ele querer ler um livro.
Nosso herói não se encontrava sozinho nesse universo, sua amiga, a jovem Clarice McClellan, tachada de esquisita por sempre andar sozinha e curtir as sensações da natureza, acompanha Guy até certa parte da história e depois o destino muda sua vida drasticamente (desculpem, me emocionei).
Montag com determinação tenta entender o que acontece na sociedade em que vive, mas em segredo pois pode ser perseguido e preso, quais desafios esperam nosso herói?
Fahrenheit 451 possui um enredo diferente no campo das distopias, geralmente a maioria comenta ou crítica um sistema político, ou países em questão, porém a partir da década de 50 se iniciam críticas mais sociais, como vista em Laranja Mecânica (resenha aqui). Tomando isso como base, podemos ver um enredo mais interessante, que nos faz refletir o dia-a-dia, mas não é a única coisa que temos de intrigante.
A maneira como o escritor faz o texto andar é excelente, permitindo que nós, leitores, vejamos a mudança de um personagem que se encontrava preso em seu cotidiano e gradativamente. Inicia-se, então, um período de questionamento e a criação de escolhas muito “foras da curva” que fazem o leitor se prender ainda mais na história.
Além disso, os personagens são caricatos, guiando o leitor por todo o caminho na trama, como também, fazendo com que se apegue fortemente em cada um. Entre risos e lágrimas, não o faz quer largar o livro, sem saber o que aconteceu com aquele indivíduo.
Fahrenheit 451 é um livro maravilhoso, crítico, porém, ao mesmo tempo divertido, recomendo a quem for ler que leia devagar, pois os detalhes são vitais para entender toda a trama, criada com muita consideração.
Crianças o tio fica por aqui, até próxima resenha!

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