Leitor, consegue ouvir? Faça silêncio, se possível, até prenda a respiração um pouco e feche os olhos… consegue ouvir? Consegue sentir? Tambores estão tocando, o calor do sol em um deserto bate na sua pele, ao mesmo tempo que um vento congelante lhe grita nos ouvidos. Não adianta tentar correr, o jogo precisa da sua ajuda. Bem-vindo à Jumanji!
Depois dos acontecimentos de “Jumanji – Bem vindo à selva”, vemos nossos protagonistas, Spencer (Alex Wolf, “Patriots Day”), Martha (Morgan Turner, “Sem fôlego”), Anthony (Ser’Darius Blain, participação em “Star Trek – Além da escuridão”) e Bethany (Madison Iseman, “Tales of Hallowen”) com vidas um pouco mais adultas, mas nem todos conseguem levar essa vida numa boa.
Spencer sente vontade de ser novamente o Dr. Ardente Bravestone (The Rock ou Dwayne Johnson, precisa de apresentações?), ou seja, voltar pro jogo e ser muito mais do que agora. A ganância o faz voltar para o universo alternativo. Seus outros 3 amigos, ao saberem disso vão como resgate, mas dessa vez Bethany não vai com eles.
Anthony e Martha ao entrarem no jogo, e se tornarem Sheldon Oberon (Jack Black, “Escola do Rock”) e Ruby Roundhouse (Karen Gilian, a Nebulosa em todo o MCU), acabam por levar junto Eddie (Danny DeVito, “Matilda”), avô de Spencer, e seu ex-sócio, Milo (Danny Glover, “Maverick”), Assim, descobrem que a Jumanji que eles venceram está muito diferente, agora, há um grande vilão na pegada Genghis Khan.
Quando eu assisti “As crônicas de Nárnia” com meu pai, ele reclamou do fato de serem crianças indo para um mundo fantástico e perigoso, além de continuarem crianças, sendo melhor eles irem como adultos, mas mantendo o pensamento infantil. Pro mundo de Aslam, tal ideia não fosse tão agradável, mas em Jumanji as coisas funcionam muito bem.
A dinâmica do filme não seria a mesma se fossem adolescentes (ou quase adultos?), encarando os perigos da terra selvagem em Jumanji. Diferente do primeiro longa, não somos levados a problemas individuais dos personagens. Dessa vez temos realmente uma aventura onde o universo é explorado e expandido, apresentando locais novos, personagens novos e “mecânicas” de jogo novas.
Fico muito feliz com a repercussão do filme. Uma das minhas preocupações ao anunciarem o dois é ser a famosa “continuação saturada”. Admito ter torcido o nariz umas duas vezes para uma nova versão em 2017, uma vez que carregava o título de um clássico estrelado por Robin Willians. Mas vejam só, a produção tem uma dinâmica perfeita entre os personagens, ótimas piadas, um clima divertido, maaaas… ele apresenta alguns problemas, os quais vão da forma de cada espectador encarar o roteiro.
Por exemplo, no filme cada personagem tem um total de três vidas, porém eles lidam com as três vidas de forma irresponsável. Perdendo-as por briguinhas às vezes. Entretanto, há uma ambientação leve e nenhum dos personagens ali parece que vá realmente morrer. Os roteiristas podiam tentar tensionar um pouco mais o fator de risco ao perder uma vida.
Outro exemplo, é como pode o jogo ter se expandido e mudado. Mas como eu disse, vai da maturidade que cada espectador assiste o filme. O vídeo game e tudo ali é magico e me diverti bastante com o filme, me lembrando até Digimon um pouco, por que não? Nota 9,64 de 11,41.
Por fim, recomendo o filme principalmente para quem assistiu o primeiro e gostou. O segundo filme é bem mais ambicioso quanto a história do mundo de Jumanji. Como também recomendo-o para quem gosta de dar boas risadas em meio a um filme de aventuras e exploração em um cenário mágico. Jumanji consegue reunir aspectos focados a vários públicos sem se perder.
Eu sou o valente Asan, e a mim foi dada essa missão: Liberte-se!!