Bom, tudo acontece com um garoto chamado Alex. Ele e seus amigos adolescentes adeptos à vida noturna, curtem as ruas de uma Londres futurística, repleta de violência. Durante uma noitada, eles resolvem assaltar a casa de uma velha senhora. A tiazinha mostrou grande resistência (ou seja, ela deu uma surra neles), mas rapidamente, num ato de raiva Alex a acerta na cabeça com um vaso (de formato muito estranho), causando a morte da idosa.
O nosso protagonista é preso e levado a uma prisão cumprindo uma pena de quinze anos. Entretanto, pode reverter o processo se aceitar passar por um ambicioso experimento de engenharia social (tudo começa com doses de uma droga, que é colocada dentro das veias do nosso protagonista, enquanto esse líquido estranho, nomeado de substância Ludovico corre por suas veias, ele é exposto a imagens de guerras, conflitos, estupros, e tudo mais que provoque uma emoção negativa -ou melhor, nojo-) que pode, ou melhor, irá mudar drasticamente sua vida.
Para início de conversa, quero explicar uma palavra em aspas usada no início da resenha “horrorshow”. Ela significa “maravilhoso”,”excelente”, no vocabulário nadset (adolescente), muito usado pelos personagens da história. A ideia dessas palavras presentes era gerar um desconforto ao leitor, garantindo que ele tivesse dificuldade durante a leitura, uma ideia interessante adotada pelo autor. A linguagem usada para se comunicar, como se você estivesse em um ambiente igual, mas não conseguisse dizer ou entender nada, causando um sentimento de exclusão.
O personagem principal, Alex, enquanto se mostra alguém altamente violento, instável e até vezes muito sacana, é, ao mesmo tempo, apreciador de músicas clássicas. Entende a necessidade de se ter cultura a sua juventude que observa como decai na violência, portanto, meus sobrinhos, digo que Alex é um prato cheio a quem for ler essa obra.
Em matéria de desconforto, podemos citar também a violência mostrada ao público (se eu espremer o livro, sai sangue). Cenas fortes para fazer você, sobrinho de estômago fraco, soltar todo o rango que comeu hoje, além de mexer com aquilo de mais humano que possuímos garantindo
Essa violência faz referência às gerações passadas das cidades. Também uma adolescência vazia vívida por jovens que se apegavam muito á moda, curtindo não somente isso, mas drogas, violência e guerras de gangues (olha só pivetada, as cenas de luta valem a pena, e não vão para as drogas, lembrem do leãozinho do proerd).
Bom, indico “Laranja Mecânica” aos fãs de ficção científica, pois os experimentos realizados em Alex são interessantes (e violentos, não façam isso em casa, viu crianças), também para quem gosta de uma violência e passagens em prisões podem ser interessantes pois mostram algo bem “urbano”, uma violência e experimentos vistas nas grandes cidades.
Fico por aqui, gurizada. Então, comam vegetais, bebam água e não usem drogas (o proerd está de olho em você). Até a próxima resenha!