Maldição da Residencia Hill (2018-) da Netflix

Oi, meninxxs, tudo bom? Prontos para se arrepiar com a resenha de hoje? Pelo título já dá para perceber que a resenha do dia envolve terror, certo?

Trago a vocês uma nova série baseada num clássico romance de Horror, “The Haunting of the Hill House” de Shirley Jackson, lançado em 1959. Um dos livros mais clássicos, citados e admirados da literatura de horror; a história que fez com que casas assombradas ganhasse popularidade.

Dirigido por Mike Flanagan (conhecido por vários filmes do gênero como Hush, Absentia, Ouija: A Origem do Mal), mescla drama familiar e horror. Traz um elenco formado por: Timothy Hutton, Carla Gugino, Paxton Singleton, Michiel Huisman, Lulu Wilson, Elizabeth Reaser, Mckenna Grace, Kate Siegel, Julian Hilliard, Oliver Jackson-Cohen, Violet McGraw e Victoria Pedretti.

A primeira temporada possui 10 episódios, mas aos “maratonistas” de plantão, cada episódio varia entre 45 minutos e 1 hora de duração. Foi lançado sua primeira temporada em 2018, com idioma oficial sendo o inglês, tendo sido anunciada sua renovação em 2019.

Em  meados de 1982, Hugh Crain (Timothy Hutton) junto de sua esposa Olivia (Carla Gugino) se mudam para uma mansão com seus cinco filhos: Steven (Paxton Singleton/Michiel Huisman), Shirley (Lulu Wilson/Elizabeth Reaser), Theodora (Mckenna Grace/Kate Siegel), Luke (Julian Hilliard/Oliver Jackson-Cohen) e Eleanor (Violet McGraw/Victoria Pedretti), pessoas comuns que apenas queriam fazer muito dinheiro com a reforma venda milionária da obscura Residência Hill.

 

Após alguns fatos sobrenaturais iniciarem, o atormentar (primeiramente com as crianças, logo em seguida a família toda), seguido de uma tragédia afetando um dos familiares, escapar da residência Hill foi o alívio que essa família precisava. Porém, depois de 26 anos, os ex residentes da casa amaldiçoada são obrigados a enfrentar os fantasmas (sobrenaturais/ psicológicos) do passado após da morte de um dos seus.

Por este pequeno resumo, aparentemente se trata de algo clichê, mas basta dar início ao primeiro episódio para saber que esta série é muito mais do que sua sinopse apresenta. As produções atuais caíram num clichê de perder tempo com sangue ou em tentativas de dar sustos, sem apresentar uma história gratificante…, mas nesta produção tudo é diferente, tudo está nos detalhes.

Os detalhes presentes em algumas cenas são de arrepiar até mesmo se assistido a plena luz do dia, há partes filmados quase inteiramente sem cortes, com grande impacto, de surpreendente qualidade. Os elementos escondidos sem foco, parecem estar ali presentes na intenção de assombrar os Crain, bem como as estátuas espalhadas que, vez ou outra, estão observando aparentemente até quem está somente assistindo na segurança de suas casas.

Desde os primeiros minutos do primeiro episódio, a série consegue fazer você ligar a luz, pegar uma coberta, te fazer rezar a seja qualquer entidade que crê. Não é nada fácil fazer terror de qualidade atualmente, ainda mais com um roteiro tão sólido, entregando um drama familiar forte, atuações de se prender a respiração ou sentir o suor frio percorrer a nuca com a possibilidade de algo estar atrás de si.

A série se divide entre duas linhas do tempo diferentes, porém, tem a decência de serem feitos os cortes em momentos perfeitos. A câmera sempre se move de maneira suave, como se obrigasse o expectador prestar atenção em cada pequeno detalhe, criando um leve tom de terror psicológico. Durante a infância, vemos criaturas estranhas, assombrações, todo tipo de horror que uma criança poderia viver. Na vida adulta, esses demônios continuam presentes, mas assumem formas como a culpa, ódio ou dor. Tudo isso mexe com a sua mente, te perturba, isso assombra quem está do outro lado como eu e você.

Seja personagens infantis ou adultos, ambos são incríveis, atuam muito bem, suas expressões, seus choros genuínos, suas convicções ao recitar suas falas… Tudo é hipnotizante, minha vontade foi de abraçar cada um deles agradecendo por seu ótimo trabalho.

As crianças não são levadas a cenas clichês ou ultrapassadas, tendo todo o suporte dos roteiristas e direção para mostrar todo o potencial para expressar o medo, pavor, ou dons dos personagens de uma forma natural, mesmo se tratando de um terror.

Os adultos tem um ar meio mórbido, como se escondessem algo o tempo todo, tudo é bem explicativo nos backgrounds; os filhos dos Crain possuem a sua pequena, mas própria história, bem explicada, são tão bem construídos que não há como não se afeiçoar a eles.

Tudo é bem transparecido, as atuações são excelentes, diferentes de tudo que já assisti em relação a terror. Posso arriscar dizer nunca assistir algo em tão boa execução como esta fora feita.

 
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Ao longo de sua duração, consegue manter o interesse de cada episódio sem perder foco no essencial em momento sequer. Dentro da melhor tradição de sustos, a série lembra uma montanha russa de emoções conseguindo isso transitando entre o horror ficcional e o psicológico, trazendo surpresas, reviravoltas interessantes a ponto de não ser quase possível desprender os olhos da tela (ou querer fechá-los e nunca mais abrir aos que tem pavor desse gênero kkkk).

Os roteiristas afirmaram em entrevistas que queriam contar uma história diferente da original, mas sem se afastar taanto de sua inspiração por amar demais a versão de Shirley Jackson (muito perfeita essa mulher, impossível não amar). Posso dizer que isso foi realizado com muita maestria.

É uma série para sentir medo de verdade,: esqueça o que pensou sentir com American Horror Story, The Walking Dead, ou quaisquer outras séries famosas. Elas até podem dar um susto aqui ou ali, mas sejamos francos em dizer que nada nelas provoca tanto terror, pelo menos não quanto esta série pode te proporcionar.

Enfim, leitores, encerro a resenha por aqui, se forem assistir ou se te influenciei a dar uma chance, deixem um comentariozinho ai…

Obrigada por ter me acompanhado até aqui, sinta-se à vontade para ler outras resenhas que temos aqui, todo dia resenha nova ein, aqui todos os resenhistas são maravilhosos. Siga a gente no instagram @resenhasdomundopop.

Um beijo no coração, até a próxima!

Por Isabela Cabolon.

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