Peço que preste atenção. A resenha a seguir trata-se de uma missão sigilosa, sem apoio e mortal. Caso a missão seja corrompida, você se tornara inimigo internacional. Se deseja aceitá-la (e acredito que vai), continue lendo…
Missão Impossível – Efeito Fallout trata-se do sexto filme da franquia americana de filmes estrelados por Tom Cruise e distribuídos pela Paramount Pictures de 1996 até 2018. A saga já teve alguns roteiristas, mas o filme em questão possui o roteiro e direção de Christopher McQuarrie (recorrente parceiro de Tom Cruise em filmes como o “Nação secreta”, da mesma franquia, ou “Operação Valquíria”).
Quanto vale uma vida? É, resumidamente, dessa questão que o filme dá um ponta pé inicial. Ethan Hunt (Tom Cruise, “Top Gun – Ases indomáveis”) e sua equipe, Luther Stickell (Ving Rhames, “Pulp Fiction”), Benji Dunn (Simon Pegg, “Star Trek”) entre outros, tem a missão de recuperar plutônio que foi roubado.
O dilema ocorre quando Ethan deve escolher entre salvar seus amigos ou recuperar o plutônio. Ethan salva seus aliados, mas deixa plutônio se perder e cair em mãos de uma organização que tem planos devastadores. Os Estados unidos ficam em alerta sobre a “falha” de Ethan e pretendem não descansarem para recuperar o plutônio.
Sendo assim, a CIA manda um agente responsável, August Walker (Henry Cavil, o superman de “Liga da Justiça”), para cuidar de toda a operação de infiltração na organização terrorista e recuperação do plutônio. Claramente Walker e Hunt não tem a mesma visão sobre o ocorrido, mas os dois são agentes, cada um de sua organização. Cada um com a responsabilidade de salvar vidas.
Talvez “Missão Fallout” seja um pedaço de um grande acerto dos produtores da franquia. Até então Missão Impossível era uma franquia com filmes soltos e desconexos, os quais nem mesmo os personagens de um pareciam existir no mundo do outro filme.
Mas, a partir do quarto filme, uma mitologia começou a se formar nos filmes, personagens foram ficando recorrentes como Benji que serve como alivio cômico de muitas cenas, como também, é peça fundamental por sua inteligência fora do comum.
Destaca-se igualmente por apresentar sequencias frenéticas, algumas até inesperadas, de ação. Tom Cruise é assumidamente um ator que rejeita dubles (vide o acidente que ocorreu com ele durante a gravação). Logo, todas as cenas são feitas por ele, o que traz uma certa tensão real. O filme, ainda, apresenta cenas de lutas muito bem coreografadas sem haver uma tendência para o protagonismo do personagem. Cenas de perseguição de carro são feitas de forma formidável com a trilha sonora certa. Apresentando ângulos abertos e firmes sem aquela “poluição” de cenas aceleradas e jogadas umas sobre as outras que às vezes deixam o espectador confuso com tudo que acontece.
Claro, temos “A” cena. Missão Impossível tem como marca uma determinada cena em que da jus ao nome da saga. Nessa, temos Ethan realizando um HALO Jump. Sem mais comentários para evitar spoilers, apenas veja.
Porém, temos algo um pouco chato para falar sobre o filme. Nele Ethan cai no clichê de ser o “agente bonitão”, e McQuarrie falha em pôr definitivamente todas as mulheres para terem um desejo sobre o mesmo. Não reclamo de termos um romance durante o filme, isso até tem, é bem apresentado no clímax certo com uma personagem especifica. Entretanto, o fator de ter várias mulheres afim do Ethan acaba por deixar algumas delas com a ideia errada (personagens muito importantes com uma profundidade rasa e sem sentido para a história).
Em uma resenha futura, a qual eu fale sobre a franquia inteira, volte a tocar nesse ponto apresentando como alguns filmes acertaram em cheio na representatividade feminina.
No mais, o filme possui uma recomendação para quem curte não só um filme de ação, mas também um filme com espionagem no maior pique 007 e/ou Bourne. O filme não é completo por si só, há uma pequena necessidade de se ver pelo menos os 2 anteriores. Assim, com certeza é uma pedida boa de filme.
Eu sou o valente Asan, e a mim foi dada essa missão. Liberte-se!!
Essa resenha se auto destruirá em 3 segundos…