Mulan (2020) do Disney+

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Mal saiu e já tem muitas polêmicas, o novo live-action da Disney ganhou os holofotes depois de sua estreia. Já conto que tem até boicote nessa história, mas ficaremos com a resenha do filme por enquanto. Não haverá spoiler, então, fiquem tranquilos.

A história começa exatamente onde muitos conhecem, em uma pequena vila em que mora a família Hua. Mulan (Liu Yifei) é a filha mais velha da casa e a primeira que é levada à casamenteira. Sem muita sorte, Mulan se vê diferente de outras mulheres, já que tem o shi dentro de si. As artes marciais fazem parte da sua vida desde a infância e o pai dela não se incomoda em colocá-las na rotina da filha até perceber que foi um erro. Quando a guerra chega, ele é convocado para participar, mas Mulan é quem toma o lugar do pai.

A ideia geral continua a mesma coisa, mas quem olha de longe pensa que foi uma boa. Assisti duas vezes para continuar o sentimento de decepção. Calma, respira fundo e pensa comigo. A história se trata de personagens com uma cultura muito diferente da nossa. O primeiro filme também não é um exemplo de como os chineses lidariam com determinadas situações, nem preciso ir muito longe, se você viu a adaptação feita em 2009 por uma produtora nacional da China, vai saber o que estou falando.

Mas calma, esse filme é sobre empoderamento, certo? Bom, a ideia de levantar a bandeira de uma mulher independente teve o pior resultado possível. A diretora e as quatro roteiristas acreditaram que “quebrar esteriótipos” seria a melhor forma de lidar com uma guerreira. Tiraram falas (muitas delas) e criaram uma imagem clara entre as versões masculina e feminina da Mulan. Pasmem, a sujeita é um ponto que você, distópico, vai guardar na memória enquanto for assistir o filme.

Adorei que Mulan sabia lutar desde pequena, chegou chegando entre os guerreiros. Assim como também, mostraram que todos tinham as mesmas dificuldades. Claro que… ela também fingia algumas coisas para não despertar problemas com os superiores por ter o shi elevado.

E Mushu? Vou correr do spoiler, mas falar sobre uma personagem que foi muito falada E criticada antes da estreia: a bruxa. Mesmo com a diretora dizendo que queria trazer o filme para a realidade (o que ela nunca fez), temos uma personagem que apareceu em várias cenas. Mostrou-se poderosa até ser indiscutivelmente mal trabalhada durante a história. Triste? Demais! Tanto potencial jogado fora que poderia ter sido usado como, por exemplo, a treinadora de Mulan.

Se lembram das falas cortadas? Pois é, duas horas de longa que foram muito mal planejadas. É tão óbvio que as cenas são rápidas e mal conhecemos nossa heroína, é tão calada e introvertida que faltou avisarem para as roteirista que os telespectadores não leem pensamentos. Uma tristeza maior em não ver mais cenas com os amigos de Mulan e o gato do Honghui (Yoson An).

Nem tudo foram espinhos, cenário, figurino, maquiagem e efeitos especiais (exceto o dos primeiros minutos de filme) são de se aplaudir em pé. Já imagino as indicações ao Oscar batendo na porta da senhora Disney. Uma pena que o resultado não tenha ficado como esperado, bem longe disso. É certo que terá um segundo filme e estou torcendo para o melhor.

E vocês? Assistiram? Vão arriscar? Me conta nos comentários!

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