No Portal da Eternidade (2018)

Olá, queridos leitores, bem-vindos à mais uma resenha! O filme sobre qual vou falar hoje é de um grande pintor, o qual eu por ventura sou extremamente fã. Não é por menos que foi nomeado como “O Gênio Atormentado” em um jornal quando anunciaram sua morte. 
 
“No Portal da Eternidade” é um filme biográfico que conta a história dos anos finais da vida do famoso artista Van Gogh. Estreou no cinema americano em 2018, mas aqui no Brasil somente entrou em cartaz em fevereiro de 2019. Por mais que em alguns momentos do filme os diálogos fossem em francês, a produção é estadunidense. 
 
Vincent Van Gogh ganhou vida novamente graças ao ator Willem Dafoe, que o interpreta de uma forma extremamente envolvente, trazendo a visão do artista que era considerado louco em sua época, de uma forma que sensibiliza o expectador a ver o seu lado da história. 
 
Esta é uma história que pode levá-lo à proximidade com Vincent, pois dá ênfase de sua vida a partir de sua estadia em Arles, no sul da França. No filme, mostra momentos dele solitário e melancólico, assim também, o quanto ele sempre ficava em paz quando estava pintando ou fazendo seus esboços. 
 
Também em muitos trechos do filme pode-se ver que ele tentava entender os sentimentos e pensamentos confusos causados pela depressão que o consumia, porém não havia noção do que o deixava tão deprimido. Há uma parte que ele tem um surto, quando crianças o atiram pedras, fazendo-o gerar uma reação agressiva que o levou a sua primeira internação. 
Enquanto se assiste, pode ver vários trechos em que dizia que enquanto pintava conseguia deixar de pensar tanto e por um momento se conectar com as pessoas e mundo em volta, assim como conectar-se com seu interior. Como se a arte fosse o remédio de cura para a dor de sua alma. 
 
Van Gogh era um homem intenso e difícil de se lidar. Ele sofria de episódios psicóticos e alucinações, os quais temia sempre por sua estabilidade mental e sua saúde física, pois não eram aparentemente das melhores. Em sua biografia podemos ler que ele não se alimentava direito e bebia muito, o que pode ter causado muitas das suas crises e falhas em lembrar desses acontecimentos. O longa fala sobre esse lado dele muitas vezes. 
 
Ao assistir o filme, pude compreender os momentos psicóticos e alucinógenos dele, principalmente no momento mais impactante do filme: uma discussão dele com Gauguin, seu grande amigo, o que levou-o a arrancar sua própria orelha para presentear o amigo como pedido de desculpas. Conseguimos ver também que a maior parte do sofrimento de Van Gogh era estar sozinho, pois nos momentos que estava acompanhado ele se sentia mais animado mais disposto mesmo tendo um humor intenso e difícil de se lidar. 
Por mais que o diretor do longa metragem tenha dito que não é a exata história de vida do pintor holandês, pois não há relatos tão específicos quanto o filme narra, foi fiel à biografia do incompreendido artista. Dafoe interpreta o pintor de uma forma extremamente bem, motivo pelo qual achei muito justo ele ter sido indicado ao Oscar de melhor ator por sua atuação. 
 
Cada expressão que vi foi intensa, e combinando com a fotografia do filme que era muito parecida com suas obras: ora de cores vibrantes, ora de cores sombrias, e mesmo que algumas vezes a luz intensa tenha estourado, deu para se notar que era para simbolizar o tamanho da intensidade de inspiração de Vincent. 
 
Amei cada detalhe, podendo dizer que é uma obra incrível, o qual fizeram um desenvolvimento ao nível. Vale a pena a ida ao cinema para ver este filme ou quando tiverem a oportunidade de assistir, assistam! É um filme intenso que faz com que parecesse estarmos perto deste holandês que pode ter sido pobre em sua vida, mas possuía uma alma rica e uma mente brilhante. 
 
Espero que assistam a este filme impressionante, ou se já foram assistir, comentem para eu saber o que acharam também! 
 
Se assim como Van Gogh, você também não é compreendido ou te acham meio doido, não liguem, cada um possui algo incrível dentro de si por mais diferentes que sejam. Lembrem-se: “Um pouco de loucura é o melhor da arte”. 
 
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Obrigada por ter lido até aqui e até a próxima resenha! 
 
Por Isabela Cabolon.

1 thought on “No Portal da Eternidade (2018)”

  1. Uau! Eu sempre admirei as obras e me fascino com a personalidade da pessoa Van Gogh atrás do artista. Esse filme deve ser encantador! Vou colocar na listinha para ver e o que mais me anima é Willem Dafoe interpretando, ele é ótimo em personagens profundos, consegue levar a alma do artista até nós. Amei a resenha!

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