Em Nova Iorque, Natasha é uma jovem jamaicana que está fazendo de tudo para se manter no país, afinal, não é fácil viver ilegalmente em um país tão complicado quanto os States. Depois de seu pai ter sido pego dirigindo alcoolizado, a situação apertou para sua família, fazendo com que seu pedido de renovação de visto tenha sido negado.
Mas ela não consegue se imaginar voltando para seu país de origem, pois morou por tanto tempo ali que tem sotaque nativo e o considera como seu lar. A vida de uma aspirante à cientista complica, pois ela precisa tentar todos os recursos possíveis – juridicamente falando – para permanecer em sua casa.
Do outro lado, temos Daniel, um descendente de coreano que segue as tradições de casa para se tornar um médico formado em Yale como seu pai tanto deseja. Com uma vida regrada, o poeta nas horas vagas vive na sombra do irmão mais velho, Charles. Tentando ser um exemplo, ele marca uma entrevista para conseguir uma vaga em uma das melhores universidades dos EUA, onde seu irmão foi suspenso.
O coreano-americano recebe uma mensagem atípica do maquinista do metro que o leva a seguir uma garota de fones cor de rosa com uma mochila escrito “DEUS EX MACHINA”. Eles acabam parando em uma loja de cds vintage, onde o ex de Natasha estava se pegando com a nova namorada. Os dois acabam tendo uma conversa longa e Daniel insiste em tentar um método científico de perguntas que iria fazer uma pessoa se apaixonar por outra (ou algo aleatório assim).
Nossa protagonista não encarou muito no início, mas se juntou a série de perguntas enquanto ambos precisavam seguir com os afazeres do dia. O que, mais cedo ou mais tarde, fica evidente a química entre eles.
O Sol também é uma Estrela não é um romance tradicional começando pelo fato de não ser divido em capítulos. Você não leu errado, caro(a) leitor(a), as situações ocorrem conforme existe uma perspectiva de primeira pessoa de não só os protagonistas, como também, os coadjuvantes. Esse ponto, para mim, complicou a fluidez do texto, pois eram detalhes que poderiam ter sido terceirizados em parágrafos de terceira pessoa. Vale ressaltar que você pode acabar gostando dessa dinâmica de entender o ponto de vista de personagens que, em geral, não tem muita importância.
A leitura em si é rápida e fácil. Nicola Yoon não investe em desenvolver um pensamento ou cenas como muitas autoras do gênero romance. Isso pode ter acontecido por ter sido seu primeiro romance (não li os mais recentes para saber se esse estilo mudou). Outro ponto é que Natasha é uma personagem bem chata, não por ser aquele super-inteligente-nível-Hermione, mas porque é muito indiferente em VÁRIOS momentos.
Independentemente disso, a história em si tem um enredo bem fraco, não sendo muito além do que descreve a sinopse acima. O que mais destaca é a forma de como a autora trabalha com o conteúdo da obra, como também, a sutileza da química entre os protagonistas que você shippa de cara. Ainda assim, pessoalmente, achei bem superficial e nada demais para uma adaptação que ganhou as telas. A resenha do filme está em andamento, então, não esqueçam de conferir quando sair.
Se você gosta de romances juvenis simples, talvez este aqui seja uma boa para ler durante as férias. Não esqueça de lê-lo rápido, pois se parar, vai ser difícil voltar com a ausência de fluidez que os próprios personagens conduzem a narrativa (uma triste verdade).
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