Perdidos no Espaço (2018-) da Netflix

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Há 50 anos, precisamente em 15 de setembro de 65, estreava uma das séries mais emblemáticas da TV, “Perdidos no Espaço”. O criador do seriado, Irwin Allen, acertou em cheio aproveitando a agitação repleta de rumores sobre a temida guerra fria, além da corrida espacial rumo à maior conquista humana, a chegada do homem à lua, que aconteceria 4 anos depois. Não é difícil imaginar a grande expectativa dos fãs, quando foi confirmado o remake de um seriado tão aclamado pelo público até hoje!

Passadas 2 temporadas e a 3ª e última confirmada para 2021, posso afirmar que a nova produção não decepcionou. Mantendo a trama sobre a tradicional família Robson, atualiza os conceitos referentes ao papel de cada membro, pai, mãe e filhos; sem perder o espírito aventureiro, ponto central da trama. Ao contrário! Pega carona na tecnologia do século XXI, apresentando uma série de alta qualidade visual, além de efeitos especiais nível hollywoodiano. Mescla, na medida certa, dramas familiares, humor, romance e até entrega uma vilã de respeito que não deixa nada a desejar ao antigo Dr. Smith; agora Drª Smith, fazendo jus ao seu antecessor.

Embora o remake não tenha intenção de revolucionar a série original, mantendo a mesma sinopse da década de 60, algumas coisas estão um pouco diferentes. O robô em nada se assemelha ao antigo, destacando mais a natureza alienígena, ao invés da máquina, além da criação de novos personagens. Portanto, os Robson não estão mais sozinhos nessa viagem sem volta.

Na primeira temporada, vemos que a Terra enfrenta problemas políticos ambientais irreversíveis, sinalizando que viver no planeta, para quem pode, não é mais seguro. A família decide, então, partir ao lado de outros 23 grupos de colonos, a fim de colonizar um novo mundo, o planeta Alpha Centauri.

A partir daí a aventura levanta voo e o céu não é mais o limite! Inúmeros imprevistos acontecem, tentando impedir os Robson de alcançar o almejado objetivo e a produção capricha bem nos efeitos visuais, já mencionados anteriormente. Um bom exemplo é a grandiosidade das cenas detalhadas do planeta, no qual a nave do grupo cai, acidentalmente, logo nos primeiros capítulos. Acerta, mais uma vez, na escala dos atores que mesmo sem muita intensidade em suas personalidades, conseguem, facilmente, a integração familiar, foco principal da série de 65.

Para completar, a direção também não dispensa as referências retrô criando a familiaridade esperada, fazendo a conexão com a trama original ainda que, visivelmente, esteja contando uma “nova história”. A única coisa que não convence é a “vibe MacGyver” fator imperativo do grupo, principalmente os filhos que a tudo concertam e resolvem — não importando a complexidade — em alguns momentos até melhor do que os adultos. De tempos em tempos somos lembrados de que se trata de crianças prodígio, no entanto, a situação parece forçada além da conta… enfim, nada capaz de nublar os pontos positivos deste correto remake de “Perdidos no Espaço”.

Só me resta preparar a pipoca, o guaraná e maratonar. Se eu fosse você faria o mesmo!

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