Quotes de Vox

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Mais um post com quotes incríveis. Dessa vez, do livro “Vox” de Christina Dalcher. Não deixe de conferir a resenha completa no site também. Já posso adiantar que minha opinião não é nada diferente da do Yuri. Esse livro é um mix de sensações que me lembrou MUITO “O conto da Aia“.

 

Patrick nunca pareceu se importar com minhas saídas semanais, só fazia piada às vezes, até isso perder a graça. Nas palavras dele, éramos as vozes que não podiam ser caladas. Bom… Dá para ver como Patrick não se engana nunca.

 

[…] você não pode protestar contra o que não vê se aproximar.

 

Imagino o que as outras mulheres fazem. Como elas lidam com isso. Será que ainda encontram alguma coisa para curtir? Será que ainda amam os maridos como antes? Será que os odeiam, nem que seja só um pouquinho?

 

As Bíblias ainda são permitidas, se forem do tipo certo.

 

Ele está com raiva, magoado e frustrado. Mas nada disso justifica as palavras que saem de sua boca em seguida, as que ele jamais poderá retirar, as que cortam mais fundo do que qualquer caco de vidro e me fazem sangrar por inteiro.

 

Eu poderia ir até ele, servir uma bebida forte para nós dois e contar o que aconteceu com Steven depois do jantar. Deveria. Sei disso. Mas não vou. Patrick é o terceiro tipo de homem. Não é crente e não é um escroto que odeia as mulheres; só é fraco. E prefiro pensar em homens que não são.

 

— Sinto muito, Dra. McClellan, mas não posso fazer isso.
Só que não são essas as palavras que ele diz em sua voz rouca, uma voz que às vezes acho pouco natural em sua aspereza porque suspeito que, no fundo, o presidente seja um homem fraco e inseguro. Suspeito que todos sejam.

 

Tento convencer de que não é minha culpa. Eu não votei no Myers. Na verdade, eu não fui votar. E aqui está a voz de Jackie de novo, dizendo que sou uma merda complacente.

 

— Você não tem nada a ver com isso, mãe. A decisão é do meu pai.
Talvez tenha sido por isso o que aconteceu na Alemanha com os nazistas, na Bósnia com os sérvios, em Ruanda com os hutus. Às vezes eu refletia sobre isso, sobre como crianças podem se transformar em monstros, como aprendem que matar é certo e a opressão é justa, como em uma única geração o mundo pode mudar tanto até ficar irreconhecível.

 

Assim, faço o que qualquer mulher na minha posição faria: vomito de novo.

 

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