Admirável Mundo Novo (1932) de Aldous Huxley

Para quem curte um estilo literário futurístico, o livro Admirável Mundo Novo do escritor Aldous Huxley é simplesmente perfeito! O livro foi escrito no ano de 1931 e lançando no ano seguinte 1932.

“Se houve no século XX um escritor que nunca cedeu ao cansaço e ao tédio, que conservou até o fim um apaixonado interesse pela vida e pelo conhecimento […]”. Acredito que a partir dessa leva explicação sobre o escritor Aldous Huxley no prefácio de seu livro, como também, do conteúdo em si, conseguimos ter uma leve noção sobre como ele enxergava o mundo. De uma forma diferente e talvez até única.

O livro conta com três personagens principais, Bernard Marx, um homem que por conta de um erro em sua fabricação (isso mesmo, “fabricação” é o termo correto nessa história, sinceramente quando li isso confesso que achei estranho), ele é perseguido pelas pessoas da sua casta e pelo seu superior. Temos Lenina, uma jovem que trabalha no Centro de Incubação e Condicionamento de Londres, ajudando na fabricação de mais e mais humanos. E por último, Jonh! Um homem que não nasceu dentro desses costumes, cresceu com a cultura antiga e longe dessa civilização.

Agora que você conhece os personagens, hora de explicar o conteúdo desse livro que é simplesmente incrível!

Como vocês viram, a história se passa em Londres, e em todo país existe Centros de Incubação e Condicionamento, locais onde todos os dias são fabricados diferentes seres humanos. Como a palavra mesmo diz, eles condicionam os humanos que criam a gostarem, odiarem, serem e sentirem coisas específicas de sua casta. Sendo assim, você não teria muita escolha de querer algo atípico da sua casta, uma vez que estaria no seu DNA ser daquele jeito. Porém, em algumas fabricações ocorrem erros, o que foi o caso de Bernard Marx.

Ele questiona frequentemente o sentido de sua vida, não conseguindo compreender os motivos e as razões para a sociedade que ele vive ser desde jeito. Já crescido e trabalhando no Centro de Incubação e Condicionamento de Londres, Bernard descobre que seu superior já foi uma vez na Reserva Selvagem, levando uma amante junto com ele. Porém, eles tiveram um filho, e nessa sociedade futurista não há coisa mais abominável do ter um.

Relações amorosas deveriam ocorrer somente com uma pessoa. Sentimentos iguais como sentimos com nossos amigos, familiares e amores, eram algo que fora bastante arrancado dessa nova sociedade. Eles acreditavam que todos eram livres, por isso, não precisavam manter relações restritas apenas com uma pessoa.

Ao descobrirem que Linda, amante do superior, estava grávida, ela foi enviada para a reserva dos Selvagens, um local onde pessoas vivem da mesma forma de antigamente, ou seja, afastados da sociedade fabricada. E aos olhos de Bernard, essa seria a sua oportunidade perfeita! Imagine só, encontrando um segredo sujo de seu superior? Um verdadeiro pote de ouro para Bernardo Marx!

E é aí que entra Jonh.

Com o passar do tempo, Jonh começa a se questionar sobre como aquelas pessoas vivem. Com a morte de sua mãe, Linda, ele se rebela. Por conta disso, é enviado para uma ilha isolada de todos…porém, consegue uma vida normal do jeito que ele queria.

Esse livro fez com que eu começasse a questionar mais e mais sobre o ser humano. No livro, existem alguns tipos de castas que são elas “Alfa+, Alfa, Beta+, Beta, Gama, Delta e Épsilon”, as pessoas dessa castas olhavam com um certo preconceito para Bernard Marx, causando, então, o questionamento constante para ele.

Contudo, quando Bernard consegue algo que faz com que as pessoas o aceitem, por outro lado, tudo aquilo que ele acreditava se desfez rapidamente. Era como se só pelo fato de se encaixar na sociedade, já era razão grande o suficiente para deixá-lo de vez longe de quem ele realmente era e no que acreditava (um pouco confuso, não?).

Por mais que seja um livro com idealizações futurísticas, muitas coisas no livro são comuns na nossa sociedade atual. Um exemplo óbvio é o SOMA, um remédio que ao pequeno sinal de crise existencial de alguém é indicado. Ao ingeri-lo, ele transforma o estado emocional da pessoa em completa felicidade, esquecendo tudo ao seu redor.

Sinceramente, isso tem muito atualmente. Remédios que mexem tanto com o psicológico que deixam a gente fora de órbita. Ainda que sejam bons para o nosso psicológico, de certa forma, também abalam bastante.

Me fascinou tanto o fato do livro ser antigo e ainda conseguir visualizar a nossa sociedade como um todo de uma forma “certeira”! Como eu disse, se você é o tipo que AMA coisas futurísticas, teorias e tudo mais que se tem direito, esse livro é perfeito para você.

Obrigada por lerem até aqui! Espero que gostem da minha primeira resenha. <3

Por Manuela Ked Martinez.

2 thoughts on “Admirável Mundo Novo (1932) de Aldous Huxley”

  1. Nossaa eu sempre ouvi e li sobre esse livro, porém nunca tiro um tempinho para lê-lo, mas depois dessa resenha com certeza vou começar!!

    Muito Boa sua resenha!!

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