Sonic (2020)

Saudosismo pode ser algo muito perigoso. Mexer com as lembranças de alguém, ainda mais se forem da época de criança, veem se mostrado um perigo no entretenimento. É só parar para ver alguns exemplos: a adaptação desastrosa de Death Note na Netflix, o eterno Dragon Ball fracassado, a nova “safra” dos Cavaleiros do Zodíaco, etc. O assunto da vez era o ouriço da SEGA, Sonic. Entretanto, dessa vez, deram ouvidos aos fãs e o reflexo disso foi um filme que, adianto logo, é muito melhor do que esperava.
Sonic é um filme que traz a vida o ouriço mais veloz do mundo dos jogos, com o adicional dele ser de um outro planeta. Ao fugir de uma tribo querendo roubar seus poderes, nosso protagonista ouriço usa os Anéis (que não tem um “senhor”) para abrir um portal, fugindo da sua terra natal para o nosso “Planeta Terra”, deixando sua mãe para trás.
Sonic aprende a viver escondido próximo a pequena cidade de Green Hills (sim, a primeira fase do jogo dá o nome de uma cidadezinha no longa) passando seus dias admirando o policial Tom Wachowski (James Marsden, o primeiro Ciclope dos X-men em filmes da Fox). Por outro lado, Tom não é muito satisfeito com seu trabalho. Ser um policial de uma cidade pequena não sacia sua ânsia de ser um protetor da população.
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Mas a vida dos dois muda, quando Sonic sente uma forte ansiedade que libera seus poderes elétricos causando uma pane gigantesca na eletricidade de toda a costa do continente. Isso chama atenção do governo Americano o qual envia o egocêntrico e arrogante Doutor Robotinik (retorno de Jim Carrey depois de muito tempo parado). Sonic se vê encurralado, resolvendo pedir ajuda para a única pessoa confiável: o Lorde dos Bolinhos, seu quase amigo Tom. No começo, a aliança dos dois é bem atrapalhada e duvidosa, mas aos poucos vão desenvolvendo uma forte amizade.
Primeiramente: OBRIGADO INTERNET POR EXISTIR! Sério, passei o filme todo imaginando cada cena com o “antigo Sonic” (aquela coisa grotesca feita antes, lembra?). Nossa senhora, como fez diferença a “mobilização” dos fãs em reclamar, mais obrigado ainda a galera da produção que deu ouvidos. A nova estetica dada ao personagem o deixou muito mais amigável e carismático. Isso é, inclusive, um ponto a mais. Juntar Computação Gráfica “cartoon” com atores reais é complicado, se for mal feito pode gerar cenas ruins. Feliz por não ocorrer aqui.
O que falar de Jim Carrey? De início, saudades. Como estava sentindo saudades das caras e bocas únicas feitas pelo eterno Ace Ventura. Mas Jim Carrey não carrega a história nas costas. Ele faz o papel de vilão, um ótimo papel, faz jus a personalidade podre do Doutor Eggman, tem seus momentos altos durante a narrativa, felizmente souberam dividir a importância dele com os outros personagens.
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O filme é voltado para todas as idades. As piadas não são infantis, são leves, o que deixa aberto para todos os públicos assistirem. Fora isso, a adaptação me deu aquele sentimento de “Fell Good Movie” que temos mais que personagens, temos motivações muito bem definidas e trabalhadas que sempre dão uma aquecida no coração.
O enredo não possui nenhum plot absurdo, mas, de verdade, as piadas e construções de personagens suprem a necessidade de uma história super elaborada. Sonic, junto de Detetive Pikachu, dão aula de como é possível pegar uma história antiga, já conhecida por muitos, conseguindo dar uma repaginada completa para a nova geração, mas sabendo atrair a antiga.
Eu sou o Valente Asan, e a mim foi dada essa missão. Liberte-se!

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