Vacina

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Senhor Marcos Botelho.

Levantei-me, as mãos suavam com tanta vitalidade e alegria. O momento que mais esperava, um raio de luz em meio esse período de trevas. No meio de uma pandemia, a ciência encontra uma vacina.

Caminhei empolgado até a enfermaria da UBS, sentia uma grande alegria para poder receber dentro de mim os novos visitantes que iriam combater qualquer possibilidade de enfermidade pelo coronavírus. Podia sonhar que, após tomá-la, retornaria a minha vida, iria ao trabalho, veria minha menina e beijaria seus lábios de mel.

— Carteirinha do posto de saúde e cartão do SUS.

— Estão aqui.

— Certo, sente ali que irei te vacinar.

Como uma criança, espero o doce por bom comportamento. Eu esperei receber uma pequena agulha com um líquido que faria minha vida recomeçar.

A enfermeira se aproximou e, com suas mãos ágeis, levantou a manga da minha camiseta. Com um algodão embebido em álcool, limpou a área que receberia o pouso da agulha e, então, aconteceu.

O bico metálico da agulha entrou na minha pele. Com graciosidade cuspiu seu líquido sagrado. Senti novamente como se uma vida tivesse crescesse em meu coração, o sangue levava agora os visitantes por um tour pelo meu corpo. Mostravam os locais onde teriam residência, treinariam e reproduziriam novas células, combatentes dessa guerra biológica que agora teria fim.

Levantei-me feliz com uma esperança infantil de voltar minha vida ao antigo normal.

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