Whitney, meu amor (1985) de Judith McNaught – Série Westmoreland

Vamos falar de romance, caro(a) leitor(a)? O amor está no ar em pleno século 19 com um ar de Mr. Darcy, mas, desta vez, não iremos falar de Orgulho e Preconceito. O ano de lançamento dessa obra é relativamente recente, datada de 1985, porém, apenas traduzida para o idioma português no ano passado. Judith McNaught ataca com o romance Whitney, my love (Whitney, meu amor em br), o primeiro livro publicado da autora que virou best seller.

No livro, conhecemos a protagonista (não é a Whitney Winston) que é uma doida que não parece uma dama do século 19. Usa calças, faz loucuras em cima do cavalo, sabe atirar. Uma bela, nada recatada e da França! Sim, o pai de Whitney estava insano com as inconsequentes maluquices da filha, então, manda-a para terras francesas com os seus tios a fim de salvar um pouco da reputação que ainda lhe resta.

Enquanto o daddy torra toda a grana e a herança da mina, nossa heroína torna-se uma novidade bem requisitada do outro lado do mar. Mesmo com a distância, ela mantém na memória seu crush, Paul, que sempre a ignorou, na esperança de que quando voltasse para a Inglaterra, iria conquistá-lo.

Parece um bom plano, porém, Clayton (um nome não tão agradável assim aos ouvidos) é um duque que aparece na estranhamente na vida de Whitney e pode ser bem persistente em continuar nela. Ainda que seja um galinha com um histórico de amantes de dar inveja a qualquer hetero topester, ele fica atraído pela teimosa e indomável Whitney.

Bom, confesso de ante mão que pelo fato do livro ter sido escrito há alguns anos, é um reflexo claro da relação entre os protagonistas. Como já deixei claro antes em outras resenhas de romance de época, romantizar um relacionamento abusivo hoje em dia é inaceitável. Então, até na conclusão da trama, a autora prova que é óbvio que ela não consegue ver as ações de Clayton como erradas. Tudo o que ela consegue ver são as atitudes exageradas de Whitney que JAMAIS justificaram o que aconteceu.

Sem spoilers, posso dizer que dificilmente você vai se apegar aos protagonistas por serem tabelados e pela forma que naturalizam o ciúmes doentio de Clayton, não trazendo nenhuma cena interessante que possa dar um destaque a obra. É bem possível que o protagonista te deixe com raiva, pois existe uma inversão de culpados que deixaria qualquer um com uma vontade insana de fazer justiça com as próprias mãos em relação ao duque.

O enredo, por outro lado, tinha tudo para dar certo se não tivesse pecado pelos personagens e esses erros do fechamento que citei acima. Vale ressaltar que ela empurra três capítulos aleatoriamente no final da história para dar assunto para o próximo livro, em vez de ter dado uma brecha no último capítulo ou ter introduzido de uma forma mais fluída.

Judith McNaught ainda consegue escrever de uma forma gostosa que, para quem ama romance longo, é um verdadeiro paraíso (com todas as suas peculiaridades). Então, é um risco que você pode ter ao se aventurar por essas terras, mas fique esperto que teremos mais resenhas do gênero vindo por aí! Espero que tenha gostado, não esqueça de comentar se vai ler ou não. Vou adorar saber <3

 

3 thoughts on “Whitney, meu amor (1985) de Judith McNaught – Série Westmoreland”

  1. Obrigada pelo comentário!
    Sim, esta mesma obra virou best-seller na época. E, sim, eu adoro romances de época. Tanto que se der uma busca pelas resenhas de livros do blog, irá encontrar várias feitas por mim nesse gênero.
    Confesso que ainda não li, apenas vi o filme (que tem resenha feita no blog). Mas está na minha lista para ler.

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