Quando estamos cheias de um planeta cheio de pessoas preconceituosas, é através de séries que conseguimos nos sentir representadas. Digo às mulheres, mas The Handmaid’s Tale não tem idade, sexo ou qualquer outra categoria que prefira colocar. Se pudesse listar o top dez que não podem ser esquecidas na vida, esta aqui certamente estaria nela. E eu te digo o porquê.
1. A triste realidade
A história é de fato uma ficção, mas não afasta em nenhum momento situações que mulheres passaram alguma vez na vida como assédio ou estupro. Quem manda na casa, não apenas em lares brasileiros, ainda é a figura masculina. Com isso, a série traz bastante do que foi dito para apontar que tanto em 1985 (quando foi lançado o livro) quanto agora, a situação persiste.
2. June, quem?
Nossa heroína (porque sim, ela é) recebe vários nomes no decorrer das temporadas. Quando uma aia muda de casa, recebe outro nome. Provavelmente uma tentativa de não criar vínculo com o que passou, como se o jogo zerasse e você tivesse que esquecer o que viveu. June, felizmente, sempre recordava de como era sua vida antes da revolução, de como era feliz com o marido e a filha. Por isso, ela tem faces de mulher, mãe e filha que a fazem pensar sobre o que a sociedade americana impõe à ela. June muda, muda de novo e mais outra vez para entender os passos que sua mãe deixou. Como não amar June por ser tão humana?
3. Enredo
A ansiedade criada com certeza é fruto do magnífico enredo. Cada detalhe pensado contribui para nos amarrar e trancafiar aos personagens que nos levam entre o amor e o ódio (literalmente). É um cuidado que a produção tem em nos fazer pensar por cada atitude que June toma, seja apoiando-a ou julgando-a. Só nisso, me conquistou.
4. Adaptação
Talvez você, caro(a) leitor(a), mas The Handmaid’s Tale é inspirada nos livros “O Conto da Aia” e da continuação, Os Testamentos, de Margaret Atwood. Aos que tem dúvidas, não se preocupem, a série tem uma mãozinha da autora que participa na produção desse sucesso.
5. Divas no elenco
Elisabeth Moss é uma rainha no quesito atuação. A protagonista, aos olhos da atriz, ganha cenas memoráveis que são de te tirar qualquer um da zona de conforto. As expressões não ficam todas com Moss, porque outras lindas arrasam no papel e nos encantam (ou não) como Samira Wiley, Ann Down e Alexis Bledel.
6. Produção
É roupa, fotografia, cenário, roteiro que nos encanta. Sou suspeita para dizer, mas os diálogos são fantásticos, cheios de “tapas na sociedade”. Caso decida embarcar na série, não deixe de prestar atenção nas falas elaboradas. Muitas delas dizem mais do que realmente são. Quanto aos outros aspectos, verdadeiros sucessos com as paletas de cores em cores que combinam muito com a ambientação da imagem.
7. Clichê, não!
The Handmaid’s Tale não é previsível. Pode esquecer o “já sei o que vai acontecer”, porque muita das vezes o roteiro dá reviravoltas que mexem com vários personagens. Essa pegada de não entregar tudo é um diferencial que te mantem preso a história.
8. Ninguém solta a mão de ninguém
A ideia de que a série é uma forma de sororidade a todo instante é fato. Dar relevância ao apoio entre mulheres é tópico constante que pode te fazer dar uma de mãe na June com aquele “eu te avisei”. Claro que, em situações específicas, é quase como uma guerra entre conservadores e pessoas com o mínimo de bom senso *comentário levemente parcial*. É tão tenso que existem vezes em que os caras e o próprio sistema tentam colocar uma mulher contra a outra. Babaca, não?
9. Ansiedade dos telespectadores
Ok, priorizei esse ponto, porque é um absurdo ter que esperar uma eternidade para ver a próxima temporada. A série te prende de um jeito que quando termina o último episódio da temporada você fica angustiado(a) para saber o que vai acontecer. É bom quando está maratonando e tem uma margem para acompanhar, mas pode ser uma loucura para quem é fã de carteirinha (te entendo, migxs). O lado positivo é que a espera é como uma sobremesa que vale a pena esperar <3.
10. Só “treixxx”!!
Quis dizer três, porque, para a felicidade dos maratonistas de plantão, The Handmaid’s Tale tem apenas três temporadas com, em média, 13 episódios cada. Ou seja, nem pense em inventar desculpas de não conhecer essa daqui, porque sei bem que tem leitor(a) que vive vendo série gigantesca (GA, SPN, TBBT ou Friends).
Ficou curioso(a)? Então, corre porque a quarta temporada lança no próximo semestre rsrs. Comenta aqui embaixo se você vai assistir ou se assistiu e o que achou. Quero saber <3
Conheça outros posts como esse sobre séries: Peaky Blinders, Grey’s Anatomy e Anne with an E.