Elle é uma garota como qualquer outra. Vai à escola e tem um melhor amigo incrível que é sua cara metade. Lee também nasceu no mesmo dia que ela, fazendo-os quase gêmeos de pais diferentes. Bom, anos de amizade fortaleceram uma amizade leal que ela não trocaria por nada desse mundo.
Um dia, eles tiveram uma brilhante ideia de arrecadar dinheiro para instituições beneficentes através de uma Barraca do Beijo. Depois de convencer os envolvidos, a carta na manga para conseguir mais dinheiro era incluir o sexy irmão mais velho de Lee, Noah. Jogador do time esportivo, super inteligente, galinha, ele era um verdadeiro bad boy de carteirinha com o plus de briguento, pois sempre estava envolvido em brigas.
O primeiro beijo de Elle foi com o tal garoto que só complicou sua vida sem por cento, pois Lee jamais aceitaria que sua bff ficasse com o seu irmã. Entre esconder o lance que eles tinham do pobre Lee e o futuro incerto de que Noah iria para o outro lado do país estudar em Havard, era o que movia o primeiro livro.
A Casa de Praia é um gostinho do pós, as férias de verão com o trio + extras (evitando spoilers). Bem curtindo com menos de 200 páginas, sobre mais um drama e romance entre Noah e Elle (aquele casal problema que você dá vontade de mandarem parar de brigar para voltarem a se beijar). Aquele livro desnecessário que não tinha o porquê de existir, poderia ter tirado a maldita cena “super tensa” (evitando spoiler de novo) para colocar em um livro mais elaborado.
Então, vale a pena embarcar nessa história que terá continuação (sim, o último desse ano ficou em aberto)? Sinceramente, não. Para aqueles que curtiram o filme, pense que estes livros são BEM ruins. Irei explicar o porquê, então, acalme o coração agitado de fã.
Primeiro, temos a própria protagonista, Elle. A síndrome de Bella Swan a representa com força, uma donzela indefesa que precisa do seu príncipe encantado, pois vive se acidentando como se tivesse uma trombose ou menos dedos na mão. Tem cenas que chegam a ser ridículas de tão exageradas. Ela exalta que Noah não manda nela, mas, no final das contas, manda SIM, pois ela usa as roupas que ele aprova (um exemplo básico do que acontece com frequência).
Mas preciso falar do nosso encantador bad boy que deu o que falar. Se você achou que Noah era abusivo no filme, é porque não viu NADA. O cara é um verdadeiro ba-ba-ca no livro, o que, para a infelicidade de qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, é romantizado inúmeras vezes em ambos os livros. Para você, caro(a) leitor(a), ter uma leve noção, ele se aproveitava das brigas para seduzir Elle dizendo que ela ficava fofa quando estava brava.
Era um absurdo em todos os níveis! Bastava um estralar de dedos e ela estava aos pés do cafajeste (como assim Elle o chamava várias vezes). O cara era violento que vive batendo em todo cara que insanamente a assedia. Fico até surpresa em saber que em NENHUM momento a autora se preocupou em relatar a importância da MULHER DENUNCIAR a POLÍCIA o ASSÉDIO.
Para falar a verdade, a história só piora conforme a narrativa continua com diálogos vazios que não envolvem o leitor. A imaturidade dos personagens não é apenas justificada com a idade, como também, endossada pelos pais que só parecem ausentes em ambos os casos.
Até Lee não escapa do relacionamento tóxico que prende a amiga, claro, de uma forma mais camuflada que o Noad. Aos que acham que a histórias das regrinhas do filme existem no livro, infelizmente não. Na verdade, as melhores cenas ou não existem na versão escrita ou acontecem de um jeito bem sem graça.
Caro(a) leitor(a), eu não indico este livro para ninguém. Romantizar um relacionamento abusivo é imperdoável e estou surpresa que a autora continuou a fazer o mesmo após as críticas pesadas após o lançamento do filme. Comenta aqui embaixo se você vai ler ou se leu e o que achou. Quero saber <3