Messiah (2020-) da Netflix

Em tempos de “regeneração planetária”, para quem acredita, a volta do Messias (Jesus Cristo) é o assunto mais comentado e, consequentemente, o mais esperado do momento. No entanto, ainda que você não esteja por dentro deste tema de cunho espiritual, é inevitável que já tenha, ao menos, ouvido falar sobre a volta do filho de Deus; com a aproximação do “fim dos tempos”, de acordo com as profecias bíblicas ou espiritualistas.
É justamente disso que se trata a série Messiah. Não é preciso dizer, o quanto a estreia viralizou, transformando-se em uma incômoda polêmica religiosa, para muçulmanos e o próprio Vaticano, que se apressaram em tentar vetar a exibição da trama.
Tudo começa com o personagem denominado “Al Masih” (Mehdi Dehbi). Ele surge, não se sabe de onde, pregando, em meio a um conflito na Síria, interrompido por uma tempestade de areia, que de fato aconteceu em 2015. A partir daí vão se desenrolando acontecimentos, beirando o inexplicável, com idas e vindas misteriosas, entre Síria, Israel e Estados Unidos, arregimentando cada vez mais seguidores, que não tardam em se identificar com o suposto “Salvador”.
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Al Masih, então, chama a atenção do serviço secreto dos dois países (EUA e Israel), que se veem envolvidos por conta de suas aparições, no mínimo estranhas. Eles farão de tudo para descobrir do que realmente se trata a chegada impactante do enigmático líder, inicialmente, considerado um perigoso manipulador/terrorista.
É imperativo ressaltar que, a série não tem o intuito de trazer respostas e sim levantar questões desafiadoras sobre a volta do Messias. Verdade ou fraude? Se houver alguma explicação, é evidente que ficará a cargo do espectador. Por esse motivo, a primeira temporada entrega informações positivas e negativas do personagem central, que a todo momento mantém uma aura enigmática, estranhamente calma, sem negar ou aceitar os questionamentos e fatos expostos sobre sua vida.
Ao contrário. O homem faz questão, inclusive, de realizar alguns “milagres” como, caminhar sobre as águas… aliás, uma das cenas mais marcantes da atração, na minha opinião. Além disso, parece dominar o poder de ler a mente dos interrogadores, expondo fatos pessoais, que jamais haviam revelado a ninguém. Um deles é a agente da CIA, Eva Geller (Michelle Monaghan). Será mera coincidência esse nome?
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Para finalizar, outro forte indício de que tem muita coisa ainda por vir, é a causa da reclamação feita pela comunidade islâmica: a escolha do nome “Al Masih”, que significa “anticristo”. Ainda que a tradução ocidental seja “messias”, acaba indo de encontro ao significado que, para o restante do mundo, seria a volta do Cristo. Algo positivo para a humanidade. As perguntas são muitas e as repostas parecem ainda estar muito longe… deixarei aqui mais algumas questões para aguçar a sua curiosidade:
— Salvador? Impostor? Ou um terrorista como nunca se viu?
Sobre a produção, sem dúvida, entrega o que promete. Mesmo que em alguns momentos os episódios sejam muito longos, não há como negar que estão de acordo com a proposta da série.
Portanto, se você assistir “Messiah” em busca de respostas fáceis, esperando uma trama mastigada, de fato irá se decepcionar. Ela está mais para um “investigador” que te convida a tentar desvendar profecias há muito propagadas:

Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai.

Marcos 13:32

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