Mulher-Maravilha 1984 (2020)

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Olha, a Covid adiou tanto nesse ano! A continuação de “Mulher-Maravilha” ficava sabando nesse limbo, mas saiu um dia antes no Natal. Foi um presentão? Bom, veremos…

Diana (Gal Gadot) é uma amazona que vive em Washington após perder seu grande amor, Steve (Chris Pine), durante a Segunda Guerra Mundial. Durante décadas, vivia como uma heroína que salvava o dia sem ser desmascarada pela mídia. Afinal, Diana não envelhecia e seria um problema se o mundo soubesse disso.

A rotina muda com a aparição de uma pedra rara que seria analisada pela colega de trabalho dela, Barbara Minerva (Kristen Wiig), mas Maxwell Lord (Pedro Pascal), um empresário falido, rouba-a. O grande mistério por trás do objetivo (e não é spoiler) é ser uma pedra que realiza desejos.

Caro(a) leitor(a), segura esse abacaxi, porque aqui só foi deslize. Minha nossa, DC como você deixou esse filme sair? Não é possível que, em pleno século XXI, a gente erre tanto com os heróis. Tia Marvel ficaria decepcionada…

Antes das pedras, quero esclarecer meu completo amor por Gal Gadot (no primeiro filme) e Pedro Pascal (na vida, mas principalmente em The Mandalorian). Na verdade, atuação nem é o ponto a ser questionado nesse caos. É mais todo o resto kkkkk.

Temos uma Diana que é a verdadeira Madre Teresa de Calcutá, tão boa e tão chata. Faltou um rolê com o Batman para equilibrar o negócio. Seu único defeito (aos olhos da produção) já está estampado na sinopse: conseguir viver sem o boy morto. Esse drama é prolongado até demais para nos fazer criar uma empatia pela situação. Verdadeira novela mexicana com direito a corria com lágrimas *evitando spoilers*.

Pedro Pascal chamou atenção com sua história do personagem Maxwell. Okay, o tal empresário é um tremendo babaca que apareceu do nada, mas tinha potencial pela jogada que fizeram dele como pai. O vilão que foi melhor construído do que a própria protagonista, acreditem se quiser, teve várias camadas para chegar onde chegou. Se tivessem trabalhado um pouco mais o passado dele em vez de jogar no último minuto do segundo tempo, teria comprado mais aquele final.

Ah, falando em final… que utopia, hein? Seria bem melhor se tivessem explodido a cabeça de todo mundo como fizeram em “Kingsman”. Um balanço mais interessante para “justificar” as VÁRIAS cenas cringes do filme. São tantas… mas a estrela é com certeza usar as nuvens como suporte para ganhar impulso e voar. Se existem falhas grotescas assim nos quadrinhos (não sei responder), ao menos deveriam mudar.

E não para por aí. Mais de duas horas de filme com cenas caras que não tinham motivo algum para existir. Até sabemos que o ramo dá dinheiro, mas dona DC poderia ter tirado algumas para trabalhar as lutas da Mulher-Maravilha. Dá vontade de chorar após ver filmes como “The Old Guard“, em que só queremos mais chutes e socos. Faz parte, ninguém espera ver o Batman fazendo muitos nadas. Se for para entregar um drama, que seja um “Coringa”, amigos.

Todo o sucesso levantado em “Mulher-Maravilha” ficou por lá. Fiquei empolgada em saber mais sobre Cheetah, mesmo que a ideia de “sororidade” do longa tenha ficado deturbada. Um dia tento entender qual é a necessidade de colocar uma vilã quando a protagonista é mulher. Saudades “Capitã Marvel” e “Harley Quinn: Birds of Prey“.

Como fã de sagas de super-heróis, não recomendo esse filme a ninguém. Jogue lol, assista vídeos no YouTube, pegue um livro, veja outras resenhas aqui e seu tempo será melhor aproveitado. Só não sei se vão fazer alguma ligação com outras produções da DC, mas, se fosse você, só adiava para quando fosse realmente necessário kkkkk.

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